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Soja em Chicago registra nova sessão de alta nesta 6ª; mercado tem financeiro mais calmo

O mercado internacional da soja estende seus ganhos da sessão anterior e opera em campo positivo nesta sexta-feira (28) na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 4,25 e 5,75 pontos e o setembro/15 era negociado a US$ 8,92 por bushel.

Mais uma vez, as bolsas da China fecharam a última sessão em alta e ajudam a motivar esse movimento positivo das cotações não só da soja, mas de demais commodities, entre elas o petróleo, que retomou o patamar dos US$ 40,00 por barril e, nesta sexta, já opera com US$ 42,30 em Nova York.

“A sessão asiática encarou com bons olhos as notícias sobre os mercados de ações nos EUA e commodities, embora o ritmo dos ganhos pareça ter desacelerado no fim do pregão”, disse o analista de mercados Angus Nicholson, da IG, em nota a clientes reportada pela agência de notícias Reuters. “Ruídos positivos na economia norte-americana provavelmente vão ajudar os mercados no começo da semana que vem”.

Paralelamente, o mercado conta ainda com boas informações da demanda nesta semana, com anúncios de vendas de soja da safra nova por parte dos USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), além das vendas semanais para exportação norte-americanas da temporada 2015/16 terem ficado acima das expectativas dos traders e de terem superado 1,4 milhão de toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

O mercado internacional da soja fechou o pregão desta quinta-feira (27) com boas altas. Entre os principais vencimentos, os ganhos variaram entre 8,50 e 15,75 pontos no fechamento do dia, após trabalhar durante todo o tempo do lado positivo da tabela. Assim, o contrato novembro/15 terminou cotado a US$ 8,79 por bushel, enquanto o março/16 ficou com US$ 8,85.

Apesar desse avanço, os preços da soja nos portos do Brasil encerraram os negócios com ligeira desvalorização nesta quinta, uma vez que o dólar voltou a recuar frente ao real e perdeu o patamar dos R$ 3,60. Assim, mesmo com prêmios ainda muito elevados nos principais terminais de exportação – superando US$ 1,00 por bushel sobre os valores da CBOT – o produto disponível ficou cotado em R$ 78,70 em Rio Grande e em R$ 78,00 em Paranaguá, contra os R$ 79,00 desta quarta-feira (26) em ambos os portos. Para a soja futura, o último preço foi de R$ 77,30 no terminal gaúcho e de R$ 75,00 no paranaense.

Bolsa de Chicago

Após sessões consecutivas de baixas e de um mercado, como dizem e explicam os analistas, “grafista” e marcado por movimentos técnicos, a commodity testou uma recuperação técnica na sessão desta quinta-feira e o resultado final foi positivo. Além disso, os negócios contaram ainda com algumas notícias positivas que chegaram ao longo do dia.

Já no início do pregão, o mercado de commodities recebeu a notícia de uma alta de mais de 5% nas bolsas da China e isso foi como combustível para o avanço dos preços. O governo da nação asiática interviu e conseguiu acalmar e melhorar o humor dos investidores globais.

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, os ganhos vieram após uma forte recuperação em Wall Street e frente ainda às expectativas de que o Federal Reserve – banco central dos EUA – possa adiar o aumento da taxa de juros do país.

Em seguida, boas novas vindas da demanda vieram para contribuir com o cenário positivo para as cotações. O USDA (Departamento deAgricultura dos Estados Unidos) fez seu terceiro anúncio de venda da soja da safra 2015/16 dos EUA desta semana de 130 mil toneladas de soja. No início da semana, chegaram outros dois, sendo um de 120 mil e outro de 210 mil toneladas. Todos foram reportados como destinos não revelados.

Em seguida, o departamento norte-americano trouxe seu mais atual boletim semanal de vendas para exportação que superaram as expectativas do mercado.

Na semana que terminou em 20 de agosto, os EUA venderam 1.325,8 milhão de toneladas de soja em grão, contra 830,8 mil da semana anterior. O número superou o intervalo de projeção dos traders, que variava de 600 mil a 1,050 milhão de toneladas. Foram canceladas 131,6 mil toneladas da safra velha e vendidas 1.457,4 milhão da safra nova. Ainda assim, o total acumulado da temporada 2014/15 segue superando as 51 milhões de toneladas.

As vendas semanais de farelo de soja também vieram fortes com 149,9 mil toneladas, contra 232,8 mil da semana anterior. Da safra 2014/15 foram vendidas 53,1 mil toneladas e da 2015/16, 93,8 mil. As expectativas variavam de 50 mil a 275 mil toneladas. No caso do óleo, as projeções oscilavam entre 0 e 30 mil toneladas e as vendas somaram 35 mil toneladas, sendo 17 mil da safra velha e 18 mil da nova.

Para analistas internacionais, as notícias vindas da demanda, principalmente por parte da China, surpreenderam o mercado. Afinal, do total de mais de 1,4 milhão de toneladas vendidas da safra nova norte-americana, 887,5 foram destinadas ao país asiático. “Isso indica que os temores de uma baixa na demanda chinesa foram, pelo menos, prematuros”, disseram analistas ouvidos pelo site britânico Agrimoney.

Ainda entre os fundamentos, os traders seguem acompanhando o clima no Meio-Oeste americano, porém, pouca ameaça ainda pode ser esperada para as próximas semanas, segundo informou o analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.

As últimas previsões do NOAA, serviço oficial de clima do governo americano apontam para chuvas se deslocando do oeste para o leste do Corn Belt. Já no período dos próximos 6 a 10 dias, as previsões indicam clima quente na metade leste dos EUA até a próxima semana com chuvas de normais a abaixo da média para a época no Meio-Oeste americano.

Fonte: Notícias Agrícolas

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