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Soja: Em Chicago, dia é de estabilidade para as cotações, que operam com leve alta nesta 5ª

Nesta quinta-feira (29), o mercado da soja opera com estabilidade na Bolsa de Chicago, porém, do lado positivo da tabela, após as baixas registradas ontem. Os principais contratos, por volta das 7h50 (horário de Brasília), subiam pouco mais de 2 pontos, com o janeiro/16 cotado a US$ 8,85 por bushel.

O mercado internacional, segundo explicam analistas, segue à procura de novidades que possam estimular uma força maior na oscilação das cotações, que há algumas semanas caminham de lado. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte semanal de vendas para exportação e os novos números poderiam ser esse ingrediente a mais para o andamento dos preços, porém, seu efeito pode ser pontual.

No Brasil, o plantio avança bem nesta semana diante da chegada de boas chuvas, embora ainda em forma de pancadas e com certa irregularidade, e o quadro vem sendo observado com atenção pelos traders. Nos EUA, a colheita já segue para sua fase final.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

O mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou o pregão desta quarta-feira (28) em queda. Os principais contratos da oleaginosa terminaram o dia perdendo entre 5 e 8 pontos e apenas a posição maio/16, referência para a safra do Brasil, sustentou a casa dos US$ 8,90 por bushel, os demais entre os mais próximos operam abaixo desse patamar.

O dia foi novamente de pressão sobre as cotações uma vez que, diante da falta de novidades, os traders se focam nas duas principais variáveis do mercado nesse momento: a colheita nos EUA e o plantio no Brasil.

Os preços da soja no Brasil acompanharam o recuo de Chicago, uma vez que se depararam ainda com uma nova sessão de instabilidade do dólar frente ao real por conta da reunião do Federal Reserve. Por volta de 16h20 (Brasília), a moeda norte-americana, que chegou a perder mais de 1% ao longo do dia, voltou a subir e registrava um ganho de 0,66% a R$ 3,9226.

O banco manteve a taxa de juros inalterada no país e, segundo analistas, o mercado segue ainda atento ao que pode acontecer nos próximos meses. “A probabilidade de o Fed elevar os juros em dezembro cresceu. O mercado está corrigindo posições que havia assumido porque considerou que o tom do Fed seria ‘dovish’. Mas, por outro lado, a menor preocupação com a economia global é algo positivo”, disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta, referindo-se à próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) à agência de notícias Reuters.

Com isso, no porto de Paranaguá, por exemplo, a soja fechou o dia, mais uma vez, com estabilidade. O produto disponível manteve os R$ 83,00 por saca, enquanto o mercado a futuro encerrou a quarta-feira com R$ 82,00. Já em Rio Grande, as cotações caíram novamente. Enquanto a soja da safra velha perdeu 0,46% e ficou com R$ 86,10, a da safra velha perdeu 1,21% para chegar a R$ 81,50 por saca.

Bolsa de Chicago

Até o último domingo (25), registrando o mais rápido ritmo de avanço de todos os tempos, a colheita norte-americana já havia sido concluída em 87%, índice que supera largamente a média dos últimos cinco anos. E os produtores locais seguem contando com boas condições climáticas para essa reta final dos trabalhos de campo, além de boa forma em que se encontram as lavouras do país, de acordo com as últimas informações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

No Brasil, o plantio passa pouco de 20%, de acordo com o levantamento de algumas consultorias privadas. O número ainda se mostra aquém do registrado em anos anteriores, porém, o cenário está mudando com a chegada de algumas chuvas, mesmo que ainda irregulares e em forma de pancadas à região Central do Brasil.

“Assim, o plantio da soja segue avançando em todas as regiões produtoras. E deverá permanecer nesse ritmo, uma vez esse padrão meteorológico deverá se manter inalterado até o começo de novembro”, explica o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.

Como explicou o analista Fernando Pimentel, o mercado sente um peso a mais dessa melhora do clima no Brasil. “Já estamos começando a viver o mercado climático da América do Sul (…) e tudo isso já coloca um pouco mais de pressão”, diz. “E aina temos a segunda maior safra de soja da história americana”, completa.

Por outro lado, as expectativas sobre a demanda ainda servem de suporte para as cotações, com números, inclusive, podendo ser ajustados no próximo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz em novembro. Além disso, a chegada de um novo reporte semanal de vendas para exportação nesta quinta-feira (29) também poderia estimular uma direção sobre as cotações.

Fonte: Notícias Agrícolas

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