Soja: À espera do USDA, mercado inicia a semana com leves ganhos na CBOT
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta segunda-feira (9) com ligeiras altas. Por volta das 7h42 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 1,50 e 3,00 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,74 por bushel, depois de encerrar o pregão da última sexta-feira a US$ 8,71 por bushel.
Em meio ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta terça-feira (10), os investidores já ajustam a sua posição. Ao longo da semana anterior, o mercado já especulou diante das estimativas divulgadas pelas consultorias.
O rendimento das lavouras norte-americanas do grão deverá somar 47,3 sacas por hectare, conforme estimativas da consultoria Lanworth. A projeção está abaixo do indicado pelo órgão no relatório de outubro, de 53,52 sacas por hectare. Em relação aos estoques finais americanos, as estimativas dos participantes do mercado giram em torno de 11,87 milhões de toneladas, contra as 11,57 milhões de toneladas indicadas pelo departamento em seu último boletim.
Já os estoques mundiais da oleaginosa deverão totalizar 85,32 milhões de toneladas, conforme projeções do mercado. O número estimado está ligeiramente acima do projetado em outubro pelo USDA, de 85,14 milhões de toneladas de soja.
Ainda hoje, o órgão reporta o boletim de embarques semanais, importante indicador de demanda. E no final do dia, o relatório de acompanhamento de safras será reportado com os números finais da colheita americana.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta sexta-feira (6) com leves ganhos próximas da estabilidade. As principais posições da oleaginosa exibiram altas de mais de 3 pontos. O contrato novembro/15 era cotado a US$ 8,71 por bushel. Porém, no saldo da semana, os preços da oleaginosa caíram entre 1,40% e 2,21%.
O pregão de hoje foi de volatilidade aos preços da soja em Chicago, uma vez que os investidores já se preparam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será reportado na próxima terça-feira (10) e algumas projeções de consultorias privadas foram reportadas nesta sexta-feira.
A produtividade das lavouras norte-americanas do grão deverá somar 47,3 sacas por hectare, conforme estimativas da consultoria Lanworth. A projeção está abaixo do indicado pelo órgão no relatório de outubro, de 53,52 sacas por hectare. Em relação aos estoques finais americanos, as estimativas dos participantes do mercado giram em torno de 11,87 milhões de toneladas, contra as 11,57 milhões de toneladas indicadas pelo departamento em seu último boletim.
Enquanto isso, os estoques mundiais da oleaginosa deverão totalizar 85,32 milhões de toneladas, conforme projeções do mercado. O número estimado está ligeiramente acima do projetado em outubro pelo USDA, de 85,14 milhões de toneladas de soja.
Ao longo da semana, as cotações também exibiram perdas expressivas devido ao recuo nos números de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 29 de outubro, as vendas da safra 2015/16 foram estimadas em 655,6 mil toneladas, uma queda de 69% em relação à semana anterior, na qual as vendas ficaram em 2.087,4 milhões de toneladas.
“Com a retração nas vendas por parte dos produtores americanos, o mercado já apostava em uma redução no número, porém, o volume foi muito expressivo e acabou surpreendendo os investidores”, ressalta o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.
“E o produtor americano vai continuar retraído, pois teria que vender a soja acima do patamar de US$ 10,00 por bushel, para tirar os custos de produção e ter uma margem. Mas, atualmente contando os preços em Chicago e o prêmio, temos valores próximos de US$ 9,00 a US$ 9,10 por bushel. E o agricultor não irá vender com prejuízo”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Com isso, a perspectiva é que o mercado flutue entre os níveis de US$ 8,60 a US$ 9,20 por bushel. “A não ser que tenhamos uma novidade importante do lado da demanda, clima na América do Sul ou alguma mudança com o USDA. Caso contrário, os preços não irão fugir disso. A safra americana está fechando com condições climáticas favoráveis. E no Brasil, temos as chuvas mais regulares que acaba sendo um limitante nos preços”, completa Brandalizze.
“E além do relatório, o mercado também está atento ao plantio do grão no Brasil”, destaca Motter. E, apesar das chuvas irregulares, os produtores do Centro-Oeste têm conseguido evoluir com os trabalhos de campo. Por outro lado, a região norte de Minas Gerais, Goiás e Tocantins e quase todos os estados do Nordeste seguem com baixo volume acumulado de chuvas.
Paralelamente, a semeadura do grão argentino também permanece sendo observada. De acordo com informações da Bolsa de Buenos Aires, essa semana a área cultivada a soja chegou a 8,3%. No mesmo período do ano anterior, o plantio estava completo em 7,2% da área estimada.
Mercado interno
A semana também foi de perdas aos preços da soja nos portos do país e no mercado interno brasileiro. No caso dos portos, a saca do grão disponível em Paranaguá recuou 4,27%, com o preço a R$ 78,50, no futuro, a cotação ficou em R$ 77,00, com queda de 4,94%. Em Rio Grande, a queda foi de 4,09%, para o preço disponível, com a saca da soja a R$ 82,00. No futuro, a saca para entrega em maio/16, a perda foi de 4,29%, com a saca a R$ 78,00.
No mercado interno, as cotações também caíram entre 1,52% e 2,82%. Em contrapartida, em Campo Novo do Parecis (MT), o preço subiu 5,26%, com a saca a R$ 70,00, em Tangará da Serra (MT), o ganho foi de 4,48%, com a saca da soja a R$ 70,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 1,41% e a saca da oleaginosa fechou a semana a R$ 72,00.
Já o dólar, que tem sido um dos principais fatores de suporte aos preços da oleaginosa, registrou uma sessão volátil e fechou o dia a R$ 3,7625 na venda, com queda de 0,37%. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 3,8432. Já na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 2,60%.
No Brasil, o momento é de entressafra e os produtores rurais já realizaram negócios antecipados para a safra 2015/16, dá ordem de 40% da produção, de acordo com os analistas. “O foco do produtor brasileiro está no plantio do grão, o que é típico para essa época do ano”, ressalta Motter.
Fonte: Notícias Agrícolas