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Polícia Militar de MS em alerta contra possíveis ataques do PCC

Um documento da Polícia Militar em Coxim faz um alerta sobre possíveis ataques da facção criminosa PCC contra policiais militares em Mato Grosso do Sul. O documento foi endereçado ao Comandante da região norte, com base em informações do Departamento de Inteligência da PM local.

O alerta acontece em meio à guerra entre facções criminosas do CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital), cujos episódios resultaram em centenas de mortes nos presídios na região Norte, Nordeste e em Mato Grosso do Sul. As rebeliões, principalmente na região Norte e Nordeste, deixaram a população e órgãos de segurança em alerta em todo o País.

Em Mato Grosso do Sul, no último dia 12, o detento Cristiano Carvalho de Mello (29) foi encontrado morto em uma cela do Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, município distante 359 quilômetros de Campo Grande. Cristiano estava com uma corda enrolada no pescoço.

No Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, o preso Júnior Cesar Franco Pietro (41) foi encontrado enforcado no solário B, do Pavilhão 2. Segundo a polícia, indícios dão conta de que ele foi “suicidado” por outros detentos.

 

Situação em MS

Em Mato Grosso do Sul, a ordem para “estourar a cadeia”, como aconteceu em Manaus, Roraima, Paraná e Rio Grande do Norte, já teria sido liberada e até uma lista com o nome de 90 homens marcados para morrer estaria circulando pelas unidades de Campo Grande.

Para os internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, mais conhecido como a Máxima de Campo Grande, a ordem para a rebelião veio da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). O aval, segundo os próprios presos, teria vindo de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder da facção.

A tensão ultrapassa os muros da Máxima e espalha boatos por outras unidades do complexo penitenciário, localizado no Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas. Segundo familiares de internos do Instituto Penal de Campo Grande, uma carta avisando que o prédio da unidade seria invadido foi enviada aos detentos. Na mesma carta também haveria a lista com o nome de 90 homens marcados para morrer.

 

AGEPEN

Diante dos acontecimentos em todo o País, a AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) afirmou que os cuidados com o sistema prisional de Mato Grosso do Sul foram redobrados. “Claro que estamos com todas as atenções voltadas para o nosso sistema prisional”, alegou o diretor-presidente da Agência, Ailton Stropa Garcia.

Stropa explicou que, até o momento, nenhuma sinalização de que a rebelião possa acontecer em MS foi detectada, mas que a situação é monitorada pelas autoridades, minuto a minuto. Ainda conforme o diretor, a AGEPEN já pediu apoio da Polícia Militar em todo o Estado para reforçar as equipes das escoltas, das muralhas e também intensificar as vigilâncias em volta das unidades.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar está em alerta, caso qualquer movimentação aconteça no presídio.

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