Laudos em macacos encontrados mortos em Mato Grosso do Sul ficarão prontos em até 60 dias
Amostras coletadas de macacos encontrados mortos em Mato Grosso do Sul já estão a caminho do Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, para os exames laboratoriais que irão detectar se tinham febre amarela.
De acordo com a gerente técnica de zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde, Stephanie Lins, os resultados dos exames devem ficar prontos no prazo de 30 a 60 dias. Segundo ela, foram coletados fragmentos das vísceras de três primatas, encontrados em Coxim, Maracaju e Três Lagoas.
Vítimas
Mato Grosso do Sul não tem nenhum caso registrado da doença e macacos encontrados mortos podem ter sido vítimas do homem. Um dos animais aparentava estar com a costela quebrada.
“Apenas os exames poderão dizer se os animais tinham a doença, mas muitas vezes eles são vítimas de agressões porque furtam coisas nas fazendas. Tem também casos de agressões de pessoas que acham que os primatas transmitem a febre amarela. Isso não é verdade. Eles são vítimas”, explica a gerente técnica de zoonoses.
A exemplo dos humanos, bugios, saguis e outros primatas podem contrair a doença. Os transmissores são os mosquitos: o Haemagogus (nas áreas de mata) e o Aedes aegypti (nas cidades).
Vacina
Em Mato Grosso do Sul, a vacina não é fracionada. Quem já foi imunizado alguma vez está protegido para a vida toda, segundo o Ministério da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, desde 2014, apenas uma dose da vacina.
Todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão abastecidos com a vacina contra a febre amarela. Além das vacinas distribuídas, a Secretaria de Estado de Saúde possui 80 mil doses em estoque.
Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, icterícia (amarelamento da pele), dores no corpo, calafrio, perda de apetite, olhos amarelados e sangramento.
Portal MS