A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou, em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (28), que “ainda não houve tempo hábil para que todos os caminhoneiros tomassem conhecimento da decisão tomada” na noite deste domingo, quando um novo acordo foi firmado entre lideranças do movimento e o governo. “A entidade vem trabalhando para que a informação do acordo chegue em toda a categoria”, cita a nota dos caminhoneiros autônomos.
A Abcam reconhece que nem todos os motoristas têm a mesma opinião dos líderes, mas que, mesmo assim, há expectativa de que o número de caminhoneiros parados diminua nas próximas horas. “Vale lembrar que, ainda que a entidade se manifeste pelo fim das paralisações, nem todos os manifestantes seguem o mesmo entendimento. Mas acreditamos que até o fim da tarde de hoje a quantidade de caminhões parados tenha sido reduzida de forma significativa”, cita a nota.
A mensagem do presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, pede que os caminhoneiros voltem satisfeitos e orgulhosos. “Conseguimos parar este país e sermos reconhecidos pela sociedade brasileira e pelo governo. Nossa manifestação foi única, como nunca ocorreu na história. Seremos lembrados como aqueles que não cederam diante das negativas do governo e da pressão dos empresários do setor. Teremos o reconhecimento da nossa profissão, de que nosso trabalho é primordial para o desenvolvimento deste país. Voltem com a sensação de missão cumprida, mas lembrando que a luta não termina aqui”, disse.
Em Chapadão do Sul, onde o movimento grevista dos caminhoneiros conta com o apoio total da população, a paralisação ainda não teve fim. Segundo eles, o acordo com o Governo não atendeu em sua totalidade às reivindicações da classe e por isso os motoristas continuam com o bloqueio.
Neste domingo (27) uma missa campal reuniu centenas de fiéis no local da paralisação.
O Pároco do município, Pe. Francisco, em seu sermão, declarou seu apoio ao movimento, elogiou a coragem e a determinação dos caminhoneiros e culpou os políticos corruptos por tudo que está acontecendo no País.
Fonte: Exame / Redação