O governador Reinaldo Azambuja acenou com a possibilidade de reduzir a alíquota do ICMS do óleo diesel de 17% para 12%, desde que haja o desbloqueio das rodovias por parte dos caminhoneiros e que o consumidor seja beneficiado diretamente com a queda no preço do combustível nas bombas. “O nosso objetivo é que seja retomada a normalidade e que a redução chegue às bombas; assumido esses compromissos encaminhamos o projeto para a Assembleia Legislativa”, afirmou o governador.
Durante reunião na tarde desta terça-feira (29) os representantes do setor produtivo e dos caminhoneiros autônomos assumiram o compromisso de assinar o acordo e de liberar as rodovias, ocupadas há nove dias pelos caminhoneiros. “Aqui no Estado a nossa reivindicação foi atendida, agora depende da gente colocar o caminhão para trabalhar o mais rápido possível”, disse Giuliano Rogério de Souza, um dos representantes dos caminhoneiros presente na reunião realizada na Governadoria.
Reinaldo Azambuja disse que o governo sempre esteve aberto ao diálogo para assegurar que a população e as empresas de Mato Grosso do Sul não fossem prejudicadas com o bloqueio das rodovias, com o desabastecimento que afetou os consumidores e a paralisação das atividades, que trouxe prejuízos de R$ 100 milhões por dia às indústrias e R$ 80 milhões à agropecuária. E lembrou que em 2015, a administração estadual havia reduzido o ICMS do diesel no mesmo percentual, “só que os consumidores não foram beneficiados com a redução nas bombas”.
Para que isso não ocorra desta vez, o governador vai se reunir nesta quarta-feira (30) com o Sindicato das Revendedoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sinpetro) e com as distribuidoras para que assumam o compromisso de repassar no varejo a diminuição do imposto do óleo diesel.
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, elogiou Reinaldo Azambuja pela postura, pois abrir mão da arrecadação “exige sacrifício do Governo do Estado”. O governador destacou que, para que o consumidor também seja beneficiado por esse acordo, entidades como o Procon e a OAB/MS e os próprios caminhoneiros, devem fiscalizar para que o compromisso de redução do preço nas bombas seja cumprido.
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