STJ mantém efeitos de liminar que revogou prisão de Puccinelli
Por unanimidade, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu manter a decisão que revogou a prisão do ex-governador André Puccinelli e de seu filho, André Puccinelli Júnior. Eles foram soltos no dia 19 de novembro, por decisão liminar da ministra Laurita Vaz, que teve os efeitos mantidos, segundo confirmou ao Correio do Estado o advogado Renê Siufi.
Puccinelli e o filho foram presos preventivamente no dia 20 de julho do ano passado, em investigação da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. Em dezembro, a 6ª Turma Especial do STJ concedeu a liminar que garantiu a liberdade da dupla, em decisão monocrática da ministra Laurita Vaz.
Quando foi preso, em 20 de julho último, Puccinelli era o pré-candidato do MDB ao governo do Estado. O advogado João Paulo Calves, acusado de integrar o mesmo esquema de lavagem de dinheiro e corrupção em que o ex-governador é acusado, foi libertado em 23 de outubro.
A tentativa de omitir provas e prejudicar as investigações da Polícia Federal, escondendo documentos em uma casa na periferia de Campo Grande, era o principal motivo para a prisão preventiva de Puccinelli.
A segunda prisão (e mais longa) de Puccinelli também foi motivada pela delação premiada dos executivos do grupo JBS. Puccinelli e o Instituto Ícone, pertencente ao filho dele, teriam recebido propina no valor de R$ 1,2 milhão do grupo.
Com a decisão de hoje, que teve cinco votos a zero, Puccinelli e o filho responderão ao processo em liberdade.
Fonte: Correio do Estado