Polícia

Garras e Gaeco oferecem recompensa por informações sobre pistoleiros

A polícia segue as buscas e oferece até recompensa a partir de R$ 2 mil a quem tiver informações sobre o paradeiro de José Moreira Freitas, o Zezinho, e Juanil Miranda Lima, os únicos alvos da Operação Omertà ainda foragidos. A ação foi realizada na sexta-feira (26), contra um grupo de extermínio responsável por, pelo menos, quatro assassinatos em Campo Grande. Na ação, 20 pessoas foram presas.

As fotos de procurados de Juanil e José foram divulgadas na tarde desta segunda-feira (30) pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). A informação é de que a recompensa começa em R$ 2 mil. Não há detalhes de como será a progressão desse valor.

Juntos, os dois formam o quarto núcleo da organização criminosa, o da execução. Segundo a investigação, eles recebiam ordens diretas de Jamil Name e Jamil Name Filho. Eram os líderes do grupo de extermínio que definiam as missões, custeavam todas as atividades do grupo e forneciam o material necessário às execuções, como armas, munições, veículos, imóveis, dinheiro e até proteção.

A investigação encontrou provas de que juntos os pistoleiros planejaram detalhadamente a morte do capitão reformado da Polícia Militar, Paulo Xavier, mas no dia 4 de abril deste ano acabaram tirando a vida do filho dele, Matheus Coutinho Xavier, de apenas 20 anos, por engano.

Para levantar informações sobre o paradeiro e rotina de Xavier, a dupla montou uma “ação de inteligência” e chegou a contratar um hacker para rastrear o capitão reformado em tempo real. O plano, no entanto, não saiu como planejado.

Em depoimento, a testemunha contou que foi contratada depois de publicar um anúncio oferecendo serviços de formatação de computadores e também de detetive. Como não sabia um jeito de rastrear a vítima em tempo real, pediu em um grupo de hackers e recebeu ajuda e outro estado.

A solução encontrada pelo desconhecido foi se passar por mulher e tentar marcar um encontro com o alvo para coletar o maior número possível de informações. Xavier, no entanto, não foi e acabou descobrindo pelo próprio hacker a verdade sobre o contato e a tentativa de emboscada. Caso tivesse aparecido, morreria cerca de um mês antes da execução do filho.

Sem sucesso com o “rastreamento remoto”, os pistoleiros passaram a rodear a casa do capitão reformado. Na época, Zezinho já estava condenado pela morte do delegado aposentado Paulo Magalhães, mas aguardava em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, a decisão sobre recurso da pena definida em julgamento.

Foi justamente através do equipamento de monitoramento que a polícia conseguiu comprovar que dias antes do crime ele passou em frente ao local do crime com o mesmo carro usado na execução.

Depoimentos e imagens apreendidas durante as investigações também ligam os dois ao assassinato de Ilson Martins Figueiredo, chefe de segurança na Assembleia Legislativa. Na conta de Juanil no Google Drive foram encontradas 26 fotografias da execução do policial militar, que aconteceu em junho de 2018.

Parentes do pistoleiro ainda confirmaram em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) a participação dele nos dois crimes e detalharam que José Moreira era o responsável por arrumar os “trabalhos ilegais” para Juanil desde que eles se conheceram na Guarda Municipal.

Hoje, os dois estão com a prisão preventiva decretada, mas não são vistos desde o dia 23 de abril, quando o hacker contratado por eles foi ouvido na sede de DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio). Conforme apurado pela reportagem, a polícia encontrou indícios de que o rapaz também seria executado pelos pistoleiros como “queima de arquivo”. No entanto, ele foi encontrado e levado para a unidade antes do crime.

Para a polícia, a principal suspeita é que Juanil e José Moreira tenham fugido do país. Quem tiver informações sobre o paradeiro dos suspeitos pode entrar em contato, de forma anônima, pelos telefones: (67) 98462 9173 ou (67) 3357 9500.

Fonte: CampoGrandeNews

Mostrar Mais

Anuncie Aqui

Notícias Relacionadas

Volta para o botão de cima