O anúncio de um vírus misterioso na China vem preocupando a população mundial. Em meados de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um plano para preparar os hospitais do mundo todo para tentar conter o avanço do novo vírus. Autoridades chinesas anunciaram que as mortes foram provocadas por nova variante do coronavírus. Há o temor de que a doença se torne uma epidemia mundial.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (28) a existência de três casos suspeitos. Além de uma estudante de 22 anos, internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o coronavírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR)
Essas pessoas apresentaram febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório; além de terem viajado para a China, país onde a contaminação teve início, nos últimos 14 dias. O ministério não ofereceu mais detalhes sobre os casos.
Foram analisados 7.063 suspeitas de pessoas com coronavírus no Brasil. Desses, 127 exigiram a verificação mais detalhada e apenas o caso da estudante em Belo Horizonte havia sido enquadrado como suspeita.
Diante da epidemia que tem se espalhado rapidamente pela Ásia e atingindo também países da Europa e da América do Norte, o ministério recomenda que os brasileiros evitem viagens à China. O ministro Luiz Henrique Mandetta pediu para que as viagens apenas sejam realizadas se forem necessárias.
“Nós desaconselhamos e não proibimos as viagens para a China. Não se sabe, ainda, qual é a característica desse vírus que é novo; sabemos que ele tem alta letalidade. Não é recomendável que a pessoa se exponha a uma situação dessas e depois retorne ao Brasil e exponha mais pessoas. Recomendamos que, não sendo necessário, que não se faça viagens, até que o quadro todo esteja bem definido”, disse durante entrevista à imprensa.
Esclareça as principais dúvidas: O que é coronavírus? Quais são os sintomas do coronavírus? Coronavírus tem cura?
1 – O que é o coronavírus?
Conhecido desde meados da década de 60, o Coronavírus é apenas uma cepa de uma grande família de vírus. Ele tem esse nome por causa de pequenos espinhos que possui na superfície, que lembram uma coroa. Ele ainda não possui nome científico, mas foi apelidado pelos cientistas de 2019-nCoV.
2- Qual a origem desse vírus?
Ainda não se sabe exatamente a origem do vírus. Ele foi identificado pela primeira vez durante uma investigação laboratorial de casos de pneumonia em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China. Desde então, milhares de casos foram confirmados.
3- O vírus pode ser transmitido para humanos?
Outras cepas da mesma família do coronavírus possuem a capacidade de contaminar tanto animais quanto humanos. A transmissão entre humanos se dá através do contato físico, pelo ar ou por secreções. Ainda não se sabe exatamente como acontece o contágio, mas sabe-se que o vírus é transmitido com facilidade.
4- Há tratamento para o coronavírus?
Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade, como pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
5- Como posso reduzir a chance de infecção?
Evite contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas. Lave frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar. Use lenço descartável para higiene nasal. Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir. Evite tocar nas mucosas dos olhos. Higienize as mãos após tossir ou espirrar. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Mantenha os ambientes bem ventilados. Evite contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
6- Existe vacina para o coronavírus?
Como a doença é nova, não há vacina até o momento. Cientistas, universidades e centros de controle de doenças de vários países estão em busca de formas de neutralizar o vírus.