Soja: Preços esboçam recuperação e exibem ligeiros ganhos na manhã desta 5ª feira na CBOT
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (5) com leves ganhos. Por volta das 8h18 (horário de Brasília), os principais contratos da oleaginosa exibiam altas entre 4,50 e 5,25 pontos. A posição março/15 era cotada a US$ 9,77 por bushel, depois de ter encerrado a sessão anterior a US$ 9,72 por bushel.
As cotações futuras da commodity esboçam uma recuperação após as perdas observadas nesta quarta-feira. Os contratos registraram quedas entre 13,25 e 14,50 pontos, pressionados pelo mau humor do mercado financeiro. Do mesmo modo a forte desvalorização do petróleo também pesou sobre os preços, assim como, a maior disponibilidade de farelo de soja no mercado norte-americano, conforme reportou o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Outro fator que deve influenciar os negócios desta quinta-feira será o boletim de vendas para exportação, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o número ficou em 888,2 mil toneladas de soja.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Na sessão desta quarta-feira (4), os futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram em campo negativo. As principais posições da oleaginosa encerraram o pregão com desvalorizações entre 13,25 e 14,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 9,72 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 9,87 por bushel.
As cotações futuras da commodity voltaram a recuar após os ganhos expressivos observado na sessão desta terça-feira. De acordo com o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, a forte queda registrada nos preços do petróleo, aliada ao mau humor do mercado financeiro pesaram sobre as commodities. A commodity encerrou o dia com queda de 4,31% e o barril negociado a US$ 48,71.
O mercado foi pressionado pelo aumento nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, que subiram pela quarta semana consecutiva e atingiram um recorde, conforme dados da AIE (Administração de Informação de Energia). Os estoques chegaram a 9 milhões de barris por dia, contra a média histórica de 6 milhões de barris.
“Além disso, tivemos a firmeza do dólar frente a outras moedas de países emergentes, o que ocasionou um movimento de aversão ao risco. A maior disponibilidade da oferta de farelo de soja no mercado norte-americano também contribuiu para pressionar o mercado da oleaginosa em Chicago”, explica Vanin.
Ainda na visão do analista, os preços da soja deverão permanecer mais pressionados até que as especulações sobre a nova safra dos EUA comecem a chegar no mercado. “E no último trimestre da temporada, temos uma oferta menor do grão no mercado norte-americano, então podemos ter oportunidades melhores de negócios entre os meses de maio e junho”, acredita.
Mercado interno
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de pouca movimentação no mercado interno brasileiro. Em Não-me-toque (RS), a saca da soja subiu 0,94% e chegou a R$ 53,50. Em Cascavel (PR), a cotação também registrou ligeira alta, de 0,91%, com a saca da oleaginosa cotada a R$ 55,50.
No Porto de Rio Grande, a saca da soja para entrega em maio/15, subiu 0,48%, negociada a R$ 62,80. Na contramão desse cenário, em São Gabriel do Oeste (MS), o preço caiu 1,02%, e a saca da soja chegou a R$ 48,50. Em Jataí (GO), o dia também foi de queda, com a saca a R$ 53,50 e perda de 0,19%. No Porto de Paranaguá, a saca do grão para entrega em abril, o preço caiu 0,79%, negociada a R$ 62,50.
Nas demais praças, o dia foi de estabilidade. “Apesar da alta do dólar, tivemos a queda nos preços da soja no mercado internacional e tivemos um dia menos movimentado em termos de fixação. Nesse momento, o produtor deve observar a sazonalidade das coisas e se preparar para fazer os movimentos e fixar a soja”, acredita o analista.
Dólar
A moeda norte-americana fechou a sessão desta quarta-feira com forte alta, de 1,78%, negociado a R$ 2,7420 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 2,7490. Conforme informações da agência Reuters, o dólar encontrou suporte na queda do petróleo e a expectativa de que os juros nos Estados Unidos deverão subir em meados desse ano.
Fonte: Notícias Agrícolas