André Anjos – O Brasil e as Olimpíadas
Quando o Brasil ganhou o direito de sediar as Olimpíadas uma parte do país ficou em festa. Classe política, imprensa, empreiteiras, entre outros.
O país vivenciava um momento anestésico na economia. Mas o Brasil, naquele momento, tinha outras prioridades, como ainda as têm!
Assim como a Copa do Mundo, que foi um verdadeiro fiasco, se não abrirem os olhos as Olimpíadas vão para a mesma vala.
Sempre disse às pessoas mais próximas que o país estaria apto a realizar eventos, como os dois citados neste texto, daqui a 50 ou 60 anos pelo menos, e ainda, somente se tivesse feito o dever de casa!
Dever de casa:
– Reforma política;
– Reforma Agrária (Essa de forma descente, sem tirar dos proprietários terras constituídas legalmente);
– Reforma Fiscal;
– Reforma no Código Penal.
Além de serviços básicos como: saúde, educação, lazer, moradia, infraestrutura, saneamento básico, respeito ao meio ambiente e aos animais, etc.
O que acompanhamos nos noticiários, infelizmente, é que o estado do Rio de Janeiro encontra-se no fundo do poço e decretou estado de calamidade pública. Pediu e recebeu R$ 3 bilhões para poder realizar e receber a “festa olímpica”.
Todos os dias, vemos que o estado não tem segurança e não consegue atender a população na área da saúde e da assistência social. E ainda assim vão realizar os jogos! Infelizmente, a não realização neste momento traria ainda mais prejuízo.
Mas, uma reflexão é válida. Se tivéssemos políticos descentes e profissionais de qualidade não aceitaríamos nem a Copa nem as Olimpíadas. Somente quando fizéssemos o dever de casa.
O ditado é antigo e muito usado por minha mãe e cabe para este texto de reflexão.
“Primeiro o dever depois a diversão!”