Apicultura na lavoura pode aumentar consideravelmente a produção agrícola
Na manhã desta sexta-feira (03) tiveram prosseguimento as palestras técnicas da 24ª EXPOSUL, Exposição Agropecuária e Industrial de Chapadão do Sul.
Entre os temas, um exclusivamente sobre apicultura e meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão).
Foi a palestra ministrada pelo instrutor do SENAR/MS, Gustavo Nadeu Bijos, especialista em apicultura, meliponicultura e instrutor do SENAR desde 2001.
Gustavo relatou a importância das abelhas na produção de alimentos, frutas e reprodução das espécies nativas. Com as abelhas presentes nas lavouras, ideal dois enxames por hectare, é possível aumentar sensivelmente a produtividade, de acordo com a cultura, mas que pode chegar a até 70% a mais. Na soja, principal produto agrícola da região dos chapadões, pode-se chegar a um incremento de até 25%.
Diante dessa grande possibilidade, defendem os apicultores a maior aproximação e entrosamento com o agricultor.
Reivindicam os apicultores e meliponicultores que não possuem propriedades rurais, a inscrição estadual, junto ao Governo do Estado. Pedido que está sendo atendido. Com a inscrição, os produtores poderão gozar de benefícios e legalizar a produção.
Após a palestra de Gustavo, os participantes assistiram à explanação sobre o besouro aethina tumida, um pequeno besouro africano que entrou nos Estados Unidos em 1.996 e chegou ao Brasil em 2014. Foram apresentadas imagens e detalhes para que o problema seja diagnosticado, além de técnicas para o seu controle, caso venha a ser encontrado na região.
Conhecido como o pequeno besouro das colmeias, a fêmea chega a colocar 6.000 ovos por dia e se alimentar por até duas semanas. A praga, já presente no Estado de São Paulo, mede 1/3 do tamanho de uma abelha.
O Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Iagro, está implantando o PNSAp, Programa Nacional de Sanidade da Apicultura.
Norbertino Angeli (JSNews)