Foi sepultado na tarde deste domingo (18) o corpo do marceneiro Dirceu Marchi (70), morto no final da manhã de sábado (17), vítima de atropelamento na esquina da Avenida Mato Grosso do Sul com a Rua Campo Grande, em Chapadão do Sul.
Além da morte trágica de mais um cidadão, o trânsito de Chapadão do Sul registrou ainda um capotamento na Avenida Pantanal e uma colisão na mesma via, esquina com a Rua Brasil, ambos na madrugada de domingo.
A combinação álcool e direção, excesso de velocidade, falta de respeito, tanto para com as normas de trânsito quanto para com o próximo, e o despreparo dos usuários, sejam condutores, pedestres ou ciclistas, têm sido a causa de acidentes rotineiros em Chapadão do Sul.
O que se tem visto no trânsito são motoristas cada vez menos preparados, psicológica e habilmente. O número de acidentes é alarmante, com mais de 40 mil mortes por ano no país, com um gasto de mais de R$ 50 bilhões aos cofres públicos e a solução parece estar muito longe do nosso alcance.
“Aqui temos uma análise fria da situação – sem a comoção da realidade cruel e impiedosa, e me parece ser este o problema daqueles que estabelecem as regras: Falta sentir na pele, sair de suas salas aconchegantes, do ar condicionado e das poltronas confortáveis, para ver o sangue que se derrama no asfalto ante o olhar aterrorizado daqueles que deveriam estar sob a proteção do Estado.
Que os profissionais do trânsito não sejam coniventes e que os alunos não se limitem a buscar apenas a habilitação. Cuidado com a falsa ideia de que aprenderá depois, no dia a dia”. (Palavras de um instrutor de trânsito)
A preocupação de quem executa diariamente o trabalho de resgatar vítimas
Um militar do Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul declarou nas redes sociais, logo após o acidente que tirou a vida de Dirceu Marchi:
“Tive a infelicidade de atender aquele trágico acidente, no ‘cruzamento da morte’. Na sexta-feira (9) um acidente no mesmo local, sem falar de outros inúmeros que meus colegas atenderam, e iremos atender muitos mais se nada for feito”.
O militar pede que o Poder Público ajude a cuidar da população. “Redutores de velocidade, rotatórias, instalação de semáforos devem ser providenciados”, diz ele e completa: “Eu juro que já estava com o pensamento de pedir uma ajuda nessa situação, infelizmente o senhor Dirceu não a alcançou.
Por: Marcos Oliveira
Imagem: Arquivo