O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul foi acionado e está em atuação para combate e controle de incêndio florestal na região da Serra do Amolar, no Pantanal.
As chamas foram identificadas no começo da tarde do sábado (27), e até a segunda-feira (29) o fogo de grandes proporções já havia consumido mais de mil hectares.
A área é de difícil acesso, por isso a equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou pelo rio, com utilização de barco.
“A guarnição saiu de Corumbá para acessar o incêndio na Serra do Amolar”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.
O combate inicial das chamas foi realizado por equipes permanentes de brigadistas do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), e devido à gravidade da situação, outras equipes, que já aturam no Prevfogo/Ibama, também entraram em ação nesta terça-feira (30).
O IHP informou que um proprietário de uma pequena área rural da região pode ter começado o fogo, na tentativa de limpar baceiro (vegetação flutuante que pode aglomerar-se de tal forma que cria pequenas ilhas que impedem o acesso aos corixos ao longo do Rio Paraguai) que estava no acesso para a propriedade. Após constatação do caso na central de monitoramento do IHP em Corumbá, o homem foi informado sobre o início das chamas, bem como a PMA (Polícia Militar Ambiental).
Serra do Amolar
A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal, no município de Corumbá (MS), compreende um território de grande biodiversidade, é área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão, de morrarias que chegam a ter quase 1 mil metros de altitude. Essa área fica a cerca de 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá, por via fluvial. Só é possível chegar nesse local por ar ou pelo rio Paraguai.
Devido a várias particularidades, incluindo os seus elementos naturais, geográficos e ecológicos, a região tem potencial de abrigar espécies de plantas e animais que são de exclusividade da Serra do Amolar. Por ali, há interações de fatores geográficos, climáticos e ecológicos que criam ecossistemas particulares que não são encontrados em outras partes do Pantanal.
Além disso, trata-se de um território considerado barreira natural para o fluxo das águas, que se difere completamente de todo o restante do bioma. Ali existe uma variedade de terrenos e paisagens, áreas com características de Mata Atlântica, de Pantanal, de Amazônia, o que resulta na sua riqueza de biodiversidade.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS / com informações IHP
Fotos: CBMMS/CPA