A Caminhada Passos que Salvam surgiu após uma visita do diretor do Hospital de Câncer de Barretos ao Hospital St. Jude Children’s Research, Memphis, nos Estados Unidos. A instituição americana é hoje um hospital irmão de Barretos. Eles têm índices de cura do câncer infanto-juvenil muito maiores que em outros locais do mundo. E isso só é possível porque investem em campanhas de conscientização da população quanto à importância do diagnóstico precoce. Uma delas é a Caminhada.
A ideia é fazer com que toda a sociedade se una e que no mesmo dia e horário mobilize a cidade no alerta ao câncer infanto-juvenil.
“Adquira seu Kit na RFCC (Rede Feminina de Combate ao Câncer) e venha caminhar conosco no dia 27 de Novembro, às 8 horas, O local de saída será a Ssede da RFCC Chapadão do Sul e a chegada na Praça de Eventos”.
O câncer infanto-juvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos) e os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e os sarcomas (tumores de partes moles).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no país por ano, em 2016 e em 2017. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste (1.270) e Norte (1.210).
TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTO-JUVENIL
Quanto mais cedo melhor
Quimioterapia, radioterapia, cirurgia e o transplante de medula óssea são hoje os tipos de terapias utilizadas com eficácia para determinados tipos de doenças neoplásicas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), os tratamentos podem provocar efeitos e sintomas indesejáveis, ditos secundários, uma vez que ao agirem sobre as células doentes atingem também as células sadias.
Segundo a diretora da SOBOPE e oncologista pediátrica, Carla Macedo, o tratamento para cada tipo de câncer segue uma rotina, ou seja, um planejamento terapêutico de um protocolo, que nada mais é do que um plano preestabelecido para tratar a doença. “Os protocolos são sempre definidos de acordo com o tipo de neoplasia, a idade do paciente, o estádio ou o grau de disseminação da moléstia e podem utilizar um tipo de tratamento ou a associação deles”.
O câncer infanto-juvenil é, em geral, mais curável do que o câncer em pessoas adultas. As células responsáveis pelo câncer juvenil são denominadas como “embrionárias”, estas células têm capacidade de dividir-se rapidamente e com isso, acabam respondendo melhor ao tratamento.