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Casal preso em Campo Grande confessa e dá detalhes da morte de Sidnei Batista

Walter Rafael Vicente Bueno e Claricia Santos de Sousa, casal envolvido na morte do agiota Sidnei Batista, 50 anos, em Chapadão do Sul, foram presos em um hotel localizado no Bairro Universitário, em Campo Grande. Os suspeitos confessaram o crime e tiveram prisão preventiva decretada durante audiência de custódia nesta quarta-feira (3).

Além do casal, Matheus Felipe Urbano da Silva, conhecido como “Zoio”, preso na penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima da Capital, suspeito de comprar a caminhonete da vítima, roubada no dia crime. O veículo foi encontrado por policiais do GARRAS (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), na casa de uma mulher de 20 anos, que recebeu R$ 200 para guardar o veículo.

Sidnei Batista foi encontrado morto, com as mãos amarradas

O detento Matheus Felipe também teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior nesta manhã. A mulher que guardava o veículo recebeu liberdade provisória, uma vez que foi presa apenas pelo crime de receptação.

Durante diligências, policias descobriram que Walter e Clarícia haviam levado o carro da vítima para Campo Grande. O casal deu entrada em um hotel no dia 29 de junho, onde se encontraram com a mulher que guardou o carro em sua residência, no Jardim Colibri, na Capital.

As equipes foram até o hotel e, em contato com os funcionários, souberam que o casal havia se hospedado lá e chegaram em uma camionete S10. Imagem da câmera de segurança do local identificou os suspeitos, mas no momento eles já teriam ido embora do estabelecimento.

Funcionários informaram que o casal foi expulso do hotel e procuraram estadia em outro, no dia 30 de junho. Os policiais se dirigiram até o local, onde, em um dos quartos Walter e Claricia foram abordados e de lá conduzidos para a delegacia.

Corpo de Sidnei Batista foi encontrado em meio a plantação de algodão; vítima estava com as mãos amarradas (Foto: Reprodução)

Confissão

Durante depoimento na delegacia, Claricia contou que no dia 28 Walter saiu de casa para roubar uma residência, na companhia de outro homem que ela não soube identificar quem era. Após o crime, o marido a buscou na esquina de sua casa, com a caminhonete S10 roubada, momento em que saiu do veículo o comparsa.

Nesse momento, ela percebeu que a vítima estava amarrada na carroceira da caminhonete, porque ele gritava muito. Walter foi até a estrada, na saída de Chapadão do Sul, em uma plantação de algodão, onde tirou a vítima do carro e atirou. Na sequência entregou a arma ao comparsa e vieram para Campo Grande. Na Capital, se hospedaram no hotel onde se encontraram com a mulher que guardou a caminhonete.

Walter Rafael confessou que participou do roubo na casa de Sidnei Batista e que recebeu o convite de um homem conhecido como “Neguinho”. No dia do crime, a vítima reagiu e por esse motivo precisou ser amarrado com ‘enforca gato’. A versão da dinâmica do assassinato, contada por Claricia, foi confirmada por Walter.

Segundo as investigações, o detento Matheus Felipe foi quem comprou a caminhonete e pediu para que a mulher presa por receptação guardasse o veículo. Ele pagou R$ 100 mil no automóvel e ainda deu 100 gramas de cocaína aos comparsas.

Walter, Claricia Santos e Matheus Felipe foram indiciados pelos crimes latrocínio e ocultação de cadáver.

O crime

Conforme divulgado pela Polícia Civil, uma sobrinha de Sidnei procurou a delegacia de Chapadão do Sul, contando que no dia 28 de junho o homem teve a casa invadida por duas pessoas encapuzadas e foi forçado a entrar em sua caminhonete, uma Chevrolet S10. Em seguida, os assaltantes fugiram com a vítima dentro do veículo. Vizinhos ouviram os gritos de socorro.

Por se tratar de um sequestro, a equipe de Chapadão do Sul comunicou o GARRAS, que deu início aos trabalhos de investigação. Durante diligências, policiais da especializada receberam a informação de que a caminhonete da vítima havia sido encontrada pelo BPChoque (Batalhão de Choque) da Polícia Militar, em frente a uma casa no Bairro Universitário, em Campo Grande.

Fonte: Campo Grande News

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