Caminhoneiros que fazem o transporte da safra de grãos reclamam das péssimas condições do pátio do terminal ferroviário de Chapadão do Sul.
A principal queixa dos motoristas é quanto ao lamaçal causado pelas fortes chuvas que caem na região há vários dias, o que dificulta a movimentação dos mesmos enquanto aguardam pela descarga. Muitas vezes os profissionais precisam pernoitar no local, à espera na fila. “O deslocamento a pé até os banheiros e a volta ao caminhão se torna uma aventura”, disse um dos motoristas.
Outra reclamação é quanto à quantidade de banheiros. Insuficiente, segundo eles, para atender a grande demanda de motoristas nesta época de safra. A informação é de que na noite desta quinta-feira (28), mais de 100 caminhoneiros passaram a noite na fila de descarga.
Justificativa
Um dos funcionários responsáveis pela administração do terminal justificou que o investimento realizado pela empresa nos últimos anos triplicou a capacidade de carga e, consequentemente, aumentou a movimentação de caminhões na área de descarga de grãos.
O grande fluxo de caminhões pesados, aliado às chuvas quase que ininterruptas, acabam trazendo transtornos em virtude do lamaçal que se forma, mas, que isso, segundo ele, não é um problema exclusivo do terminal ferroviário. “Todas as empresas que recebem a safra de grãos e têm grande fluxo de caminhões sofrem com isso nesta época do ano”, disse o administrador. “Nós temos todo o maquinário e o cascalho disponível para minimizar o problema da lama enquanto o pátio não recebe a pavimentação, mas que esse trabalho só pode ser realizado quando houver uma trégua das chuvas”, justificou.
Potencial ferroviário de Chapadão do Sul
Em 4 de julho de 2018, a Rumo Logística, em parceria com a ECTP (Engelhart Commodities Trading Partners), inaugurou a ampliação do terminal, que teve a sua capacidade triplicada. Foram investidos cerca de R$ 27 milhões na ampliação e reabertura do terminal, que possui capacidade para embarcar até dois milhões de toneladas de grãos por ano, um crescimento superior a 300% em relação as 600 mil toneladas movimentadas no ano de 2017.
A nova estrutura atrai a produção de todo o norte do Estado de Mato Grosso do Sul, de municípios de Goiás e Mato Grosso.