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Com 86 notificações e 14 casos confirmados, Chapadão do Sul apresenta alta incidência de dengue

Chapadão do Sul ocupa a 40ª posição no ranking estadual, com 86 casos notificados e 14 confirmados segundo o critério clínico-epidemiológico, com índice de 404,6 casos para cada 100 mil habitantes, o que coloca o município na zona vermelha, considerada de alta incidência da doença, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (3).

Três crianças e seis idosos foram vítimas fatais da dengue em Mato Grosso do Sul neste ano. Os números de casos confirmados, só nos primeiros meses deste ano, já totalizam 7,9 mil.

Das vítimas, quatro delas são de Campo Grande, todos homens, e três são do município de Três Lagoas e duas de Dourados. Os óbitos foram registrados do dia 27 de janeiro até 28 de março. Neste período, a Capital declarou estado de emergência por conta dos casos da doença.

Ainda segundo o boletim da SES, a maior parte das pessoas infectadas têm entre 20 e 49 anos, porém, a faixa de risco de óbito é de criança e idosos. Outra informação, é que os casos registrados são, em sua maioria, da dengue tipo 2.

Já com relação à incidência da doença, que monitora os casos para cada 100 mil habitantes, o quadro é ainda mais preocupante. Pois municípios como Figueirão, com menos de 3 mil habitantes, tem incidência superior a municípios mais populosos.

Dengue

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. Fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias.

Definição de caso de dengue

Caso suspeito- Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes Aegypti, que apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações:

  • Náusea, vômitos
  • Exantema (manchas avermelhadas no corpo)
  • Mialgias( Dor muscular), artralgia (Dor nas articulação)
  • Cefaleia (dor de cabeça), dor retroorbital (dor nos olhos)
  • Petéquias ou prova do laço positiva
  • Leucopenia (é quando o número de leucócitos, que são as células de defesa do sangue, está baixo- é verificado através do exame Hemograma).

 

Também pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco de infecção aparente.

Caso suspeito de dengue com sinais de alarme

É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:

  • Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdômen
  • Vômitos persistentes
  • Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico)
  • Sangramento de mucosas
  • Letargia ou irritabilidade
  • Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de maneira brusca)
  • Hepatomegalia maior do que 2 cm (fígado aumentado)
  • Aumento progressivo do hematócrito

 

Caso suspeito de dengue grave

É todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados:

  • Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória.
  • Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
  • Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.

 

Confirmado

É todo caso suspeito de dengue confirmado laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critério clínico-epidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial.

Descartado

Todo caso suspeito de dengue que possui um ou mais dos seguintes critérios:

  • Diagnóstico laboratorial negativo.
  • Não tenha critério de vínculo clínico-epidemiológico.
  • Tenha diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica.
  • Seja um caso sem exame laboratorial, cujas investigações clínica e epidemiológica são compatíveis com outras patologias.

 

Tratamento

Baseia-se principalmente na hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.

 

O que a população deve fazer para combater o mosquito Aedes Aegypti?

A principal ação da população é se informar, se conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano. Além do Aedes Aegypti transmitir a Dengue, hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por transmitir também o vírus Zika e a Febre do Chikungunya. As ações de controle do vetor são imprescindíveis!!

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:

– Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;

– Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para

armazenar água;

– Manter caixas d’agua bem fechadas;

– Remover galhos e folhas de calhas;

– Não deixar água acumulada sobre a laje;

– Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;

– Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;

– Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;

– Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;

– Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;

– Acondicionar pneus em locais cobertos;

– Fazer sempre manutenção de piscinas;

– Tampar ralos;

– Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;

– Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;

– Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;

– Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;

– Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;

– Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

Fonte: SES-MS

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