Com um decreto em vigor estabelecendo situação de emergência ambiental em todo o Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros já trabalha em um Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios que vai traçar estratégias, preparar equipes e fazer o reconhecimento das áreas por terra, água e ar. A instituição também está fazendo um trabalho de prevenção e conscientização, para evitar as queimadas nas áreas urbanas e nas propriedades rurais.
Uma das maiores preocupações com o período de seca são os incêndios que tomam proporções descontroladas, podem devastar a vegetação, destruir plantações e, inclusive, matar animais.
Em Chapadão do Sul, uma questão que preocupa o Comandante do 7º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros Militar, Capitão Eduardo Tracz, é o relevo da região que, pela altitude e, consequentemente, pelos constantes ventos, dificulta o trabalho de contenção dos focos de incêndio.
Segundo o Capitão, um trabalho em conjunto com o 19º Subgrupamento de Costa Rica, sob o comando do Tenente Pedroso, busca a união de forças com Sindicato Rural, Ampasul e fazendeiros, no sentido de alocar recursos para agilizar o combate aos incêndios e, desta forma, minimizar o impacto ambiental e econômico.
“A gente está num trabalho de estreitamento com o Sindicato Rural e a AMPASUL para uma política de conscientização junto aos fazendeiros, além do mapeamento das áreas, no que tange a alocação de recursos, uma vez que, se acontecer um sinistro nós temos tudo isso estruturado para uma resposta mais rápida e eficiente. Para isso estamos em busca de quem possa oferecer um caminhão pipa, um trator, um arado, ou mesmo uma caminhonete para o transporte de insumos”, disse o Comandante Tracz, que prosseguiu: “Na semana que vem, tanto eu quanto o comandante de Costa Rica estaremos visitando ambos os municípios e entorno, com o objetivo de nos apresentarmos e começarmos esse trabalho. Temos alguns anos pela frente para conseguirmos mapear toda a área bem como catalogar os recursos que possam ser disponibilizados gratuitamente a todos os envolvidos”, explicou.
Uma corrida contra o tempo
A estiagem mais drástica durante o mês de abril e a previsão de chuvas abaixo do normal em maio e junho é outra situação que preocupa o Comandante do Corpo de Bombeiros.
“A questão dos incêndios florestais me preocupa muito porque já chegamos em maio com alguns focos isolados e começamos a receber os chamados. Isso é preocupante. Em outros anos se começava em julho e agosto, agora, em maio, já nos encontramos nessa situação. Mas, vamos trabalhar, conversar com os fazendeiros para que ajudem nesse trabalho de prevenção e na realização dos aceiros”, finalizou Capitão Eduardo Tracz.
Por: Marcos Oliveira