Tema amplamente debatido pela Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul (MS), durante a Sessão Ordinária desta segunda-feira (14), o desrespeito para com as normas de trânsito e o consequente aumento da violência nas vias públicas da cidade se tornaram um desafio para o Departamento de Trânsito e a Administração Pública Municipal.
O aumento desordenado do número de veículos em circulação, a falta de sinalização em vias de tráfego intenso, a ausência de fiscalização, o despreparo de alguns condutores e o “corre-corre” do dia a dia são problemas vividos, não apenas em Chapadão do Sul, mas na maioria das cidades brasileiras.
Vereadores Anderson Abreu e Professor Cícero “bateram duro” no DEMUTRAN e cobram soluções urgentes no que diz respeito à sinalização e à instalação de dispositivos para reduzir a velocidade e, desta forma, aumentar a segurança e diminuir os acidentes.
Toninho Assunção, em seu discurso, sinalizou com um ideia apresentada por cidadãos da própria comunidade: a adoção de horários alternativos pelo comércio local. Essa prática teria por objetivo reduzir o congestionamento nas principais vias em determinados horários do dia. Essa concepção faz parte de uma série de soluções apresentadas pela rede online https://mude.nu/, que diz:
“Por que praticamente todas as empresas começam às 8h e largam às 12h, voltam às 14h e terminam às 18h? Nem todas elas precisam realmente seguir esse horário, que provoca grandes picos de congestionamentos, enquanto em outras horas do dia o tráfego fica livre.
Uma boa maneira de controlar isso seria o próprio governo alterar em uma hora para mais ou para menos os horários de funcionamentos flexíveis de suas repartições. As escolas, públicas e privadas, também poderiam ter horários alternativos. E empresas que pudessem flexibilizar também poderiam ser incentivadas pelo governo, por estarem indiretamente colaborando com um trânsito melhor.”
Preocupação antiga
Desde o século XVIII já havia a consciência de que o trânsito seria uma das preocupações mundiais mais relevantes do futuro. Afirma-se que no século XVII, na Europa, já existiam normas que delimitavam estacionamentos e circulação de veículos em mão única e dupla. Porém, a partir da introdução da máquina, dos veículos rápidos e pesados os acidentes foram crescendo progressivamente e exigindo, já no século XX a organização do tráfego como um sistema convencional, e daí medidas que a cada vez mais regulamentavam as pessoas, o ambiente físico e os veículos, originando assim os Códigos de Trânsito.
Chapadão do Sul cresce em todos os sentidos
De acordo com o último levantamento realizado pelo DEMUTRAN, no início deste ano, o número de veículos registrados em Chapadão do Sul já beira os 20 mil, para uma população de pouco mais de 23 mil habitantes. Ou seja, quase um veículo por habitante.
Segundo o Comandante do 7º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul, Ten. Eduardo Rachid Teixeira, neste ano já foram registrados 86 acidentes somente na área urbana do município, um crescimento de 5% se comparado ao mesmo período de 2017, quando aconteceram 202 eventos durante todo o ano todo, em sua maioria, colisão entre carro e moto.
Em declaração exclusiva ao Diário Chapadense, o Ten. Eduardo Teixeira falou sobre os principais fatores causadores de acidentes na área urbana.
Segundo o Comandante, a desatenção e a imprudência ao dirigir são causas determinantes para a ocorrência desse tipo de imprevisto.
O uso de celular ao volante, prática bastante comum em Chapadão do Sul, é fator preponderante para a desatenção no trânsito e consequente causa de acidentes. A imprudência e o excesso de velocidade, mesmo em vias preferenciais, é outro fator que colabora para o alto número de ocorrências.
Tenente Teixeira pontuou ainda sobre a responsabilidade dos ciclistas no trânsito, que, subordinados ao Código de Trânsito Brasileiro, devem obedecer às normas de tráfego e, o não cumprimento dessas Leis contribui para o aumento no número de acidentes.
Ouça o áudio do Comandante, Ten. Eduardo Teixeira, do 7º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul.
