Segundo o site da Rádio Caçula, a falta de compromisso da Viação São Luiz para com seus colaborares não é de hoje. Funcionários da matriz, em Três Lagoas, estão há oito meses sem receber salários e vale-alimentação; em Campo Grande, filial da empresa, trabalhadores não veem a cor do dinheiro há pelo menos quatro meses. De acordo com o sindicato da classe, a empresa prometeu efetuar o pagamento no último dia 30, fato que não aconteceu. Com isso, os funcionários da capital entraram em greve nesta segunda-feira (2).
Segundo o portal Rádio Caçula, os funcionários da empresa São Luiz passam por dificuldades extremas, sem condições de pagar o básico, como água, energia, aluguel e até mesmo comprar alimentos.
Outra informação é de que, para deixar a folha em dia, a empresa estaria pleiteando um empréstimo de R$ 6,5 milhões junto aos bancos, porém, esse dinheiro ainda não foi liberado.
Suspensão de linhas
A Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) determinou a suspensão temporária das operações da Viação São Luiz. A medida atinge 4 linhas que serão atendidas provisoriamente pelas empresas Viatur e Expresso Itamaraty. A notificação foi feita nesta segunda-feira (2) e vale até o dia 10 de dezembro.
De acordo com a agência de regulação, as empresas começam a substituição já nesta segunda e foram orientadas a aceitar os bilhetes adquiridos pelos passageiros anteriormente.
As linhas que tiveram as operações suspensas da Viação São Luiz são: 030, Três Lagoas – Campo Grande; 057, Três Lagoas – Costa Rica; 089, Campo Grande – Aparecida do Taboado; e 146, Costa Rica – Campo Grande (via Chapadão do Sul). Apenas a primeira será executada pela Viatur. As demais, pela Expresso Itamaraty.
Ainda conforme a Agepan, a medida leva em conta a necessidade de garantir aos usuários do transporte rodoviário intermunicipal um serviço com pontualidade e em condições de segurança, higiene e conforto, do início ao término da viagem.
Sendo comprovado que a Viação São Luiz, não estaria executando os serviços de acordo com os padrões e programas operacionais estabelecidos, como apontam dois processos administrativos instaurados em 2018 e 2019 para monitoramento e fiscalização.
A Agepan ainda ressalta que no período de suspensão, serão reavaliadas as condições operacionais da transportadora.