Com o tema “Paixão Côrtes, Vida e Obra”, o CTG Cultivando a Tradição, de Chapadão do Sul (MS), lança oficialmente a programação da 33ª Semana Farroupilha.
Serão 16 dias de festejos e culto às tradições e aos costumes gaúchos, com a participação de diversas empresas e entidades do município. A abertura oficial acontece no sábado (7), com a tradicional cavalgada pelas ruas da cidade e a solenidade em frente ao Galpão Crioulo.
Durante praticamente todas as noites haverá jantares, com muita música ao vivo e poesia a cargo dos artistas locais. Duas atrações especiais foram contratadas neste ano. No domingo (8), após o almoço, grande show com a renomada Berenice Azambuja; no sábado (14), palestra/show com o poeta Odilon Ramos.
Paralelamente ao evento cultural e gastronômico, a Invernada de Esportes realiza um torneio de bocha, na modalidade de duplas, com a distribuição de R$ 3 mil em prêmios. Durante o torneio, o CTG recebe ainda a etapa do Campeonato Estadual de Bocha, com participação de equipes de vários municípios do Estado.
Homenageados
Nesta edição da Semana Farroupilha, a exemplo de anos anteriores, a patronagem homenageia a Família Krug, pioneiros que, há exatos 50 anos, “bolearam a perna” por essas terras, deixando para trás o seu pago e construindo aqui a sua nova morada.
Sobre o tema da Semana Farroupilha
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes nasceu em Santana do Livramento, em 1927. Agrônomo de formação, teve na cultura gaúcha a sua maior dedicação e como grande folclorista e pesquisador, teve várias obras publicadas.
Começando suas andanças pelo Rio Grande do Sul para resgatar os costumes do homem do campo e as tradições, que até então eram consideradas “velharias”, em 1947, juntamente com Barbosa Lessa e outros estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, com uma centelha retirada do Fogo Simbólico da Semana da Pátria formou-se a Chama Crioula e deu início à primeira semana farroupilha e, posteriormente, à fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas, o “35 CTG”.
Com suas pesquisas registradas e ensinadas com o passar dos anos, Paixão Côrtes nos proporcionou o conhecimento e a identidade do gaúcho, por meio das músicas, danças, poesias, histórias e contos. O seu maior legado, com certeza, é ter uma cultura viva pelos quatro cantos do país.
Paixão Cortes faleceu aos 91 anos, em Porto Alegre, no dia 27 de agosto de 2018.
“Gaúcho é um estado de espírito, não é um nascer, é um querer ser”. (Paixão Côrtes)