Em Chicago, soja dá continuidade ao ligeiro movimento de alta
Na manhã desta quinta-feira (18), novas altas para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos operavam com ganhos entre 2 e 3,25 pontos no pregão eletrônico. Assim, os contratos março e maio/15 trabalhavam acima dos US$ 10,00 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento positivo registrado no final da sessão regular de ontem, motivado pela grande compra da China de 620 mil toneladas de soja nos Estados Unidos anunciada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Ainda assim, a movimentação do mercado segue pouco expressiva, com os negócios ainda permeados por alguma volatilidade. Os números das exportações semanais norte-americanas que serão divulgados hoje também pelo USDA devem trazer um melhor direcionamento para as cotações.
No foco do mercado estão também as condições climáticas nos Estados Unidos devido à chegada dessa onda de frio no Meio-Oeste americano. Algumas geadas foram registradas nos últimos dias, porém, os danos causados por elas ainda não incertos e estão variando de acordo com as regiões.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (17):
CBOT: China anuncia nova compra e soja fecha com leve alta
Nesta quarta-feira (17), os futuros da soja fecharam a sessão regular com leves altas na Bolsa de Chicago. Uma grande compra da China nos Estados Unidos trouxe algum fôlego ao mercado, o qual registrou mais um pregão de forte volatilidade. Com isso, as posições mais negociadas terminaram o dia com pequenos ganhos de mais de 1 ponto e o contrato maio/15, referência para a nova safra brasileira, encerrou os negócios em US$ 10,06 por bushel.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 620 mil toneladas da oleaginosa da safra 2014/15 para a nação asiática. Atualmente, a nação asiática é a maior importadora mundial da oleaginosa e, ainda de acordo com números do departamento norte-americano, já comprou aproximadamente 13,34 milhões de toneladas da nova safra dos EUA. No ano passado, nesse mesmo período, as compras somavam 14,49 milhões.
Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado e os players têm, aos poucos, voltado sua atenção para as informações vindas da demanda, principalmente sobre sua força e crescimento projetados para esta nova temporada. Entretanto, explica que o impacto de informações como essas são bem mais lentos e intensos do que os dados referentes à oferta.
“Essa movimentação da China participando no mercado é importante, é boa, mas são volumes já considerados pelo mercado. Seriam necessárias mais notícias e, nesse momento, não há notícias que possam estimular o mercado para cima ou para baixo”, explica.
Com isso, os analistas seguem afirmando que a movimentação em Chicago nos próximos dias deve continuar sendo mais tímida e alguma volatilidade. Afinal, mesmo com boas notícias vindas da demanda, as projeções para a nova safra dos Estados Unidos estão mantidas – a última projeção do USDA indicou 106,42 milhões de toneladas – e o clima, de acordo com as últimas previsões, deve continuar favorecendo o desenvolvimento das plantas, que se encontram em fase de maturação nos EUA.
As especulações sobre o clima, no entanto, têm se intensificado, principalmente sobre a incidência de geadas em alguns estados produtores dos Meio-Oeste americano. Algumas geadas atingiram, nos últimos dias, a região mais ao norte do Corn Belt. Porém, segundo informações apuradas pelo Notícias Agrícolas, o fenômeno não foi forte e severo o bastante para causar grandes danos às lavouras ou causar algum nervosismo e preocupação aos mercados.
Mercado Interno
No mercado interno, os pequenos ganhos registrados em Chicago foram refletidos em alguma alta para as cotações da soja futura nos portos. Em Paranaguá, o preço se manteve nos R$ 56,00 por saca, enquanto em Rio Grande fechou o dia com uma valorização de 0,35% para R$ 57,20/saca.
No interior do Brasil, a maior parte das praças registrou estabilidade. Já em Cascavel/PR, a cotação teve alta de 0,95%, passando para R$ 53,00, enquanto Não-Me-Toque registrou um recuo de 0,95% e o valor da saca caiu para R$ 52,00.
A comercialização, entretanto, está parada nesse momento no Brasil. Os atuais preços praticados não estimulam novas vendas por parte dos produtores, nem mesmo diante dos prêmios ainda positivos e de uma alta do dólar frente ao real. Nesta quarta, a moeda norte-americana fechou o dia com valorização de 1,25% a R$ 2,35.
Fonte: Notícias Agrícolas