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Ex-professor da SERC é denunciado por descumprimento de acordo e assédio sexual

Mães de sete adolescentes, alunos da Escolinha de Futebol da SERC, registraram, no último dia 12 de junho, um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Chapadão do Sul (MS) contra o ex-professor do Clube, Fabrício Feijó Soares, alegando maus tratos e descumprimento de contrato.

Segundo o BO, em reunião entre as mães dos alunos e o mencionado professor, ficou acertado de que o mesmo levaria os adolescentes para treinar no Maringá F.C., na cidade de Porto Alegre (RS), pelo período de oito meses e que, durante este tempo os mesmos teriam escola, casa, alimentação e assistência médica, ao custo mensal de R$ 400 por atleta, conforme contratos assinados e registrados em cartório. Porém, nada disso foi cumprido. Segundo as mães, os adolescentes estavam morando precariamente nas instalações do referido clube, dormindo em colchões no chão e usando o próprio dinheiro para se manter.

Ainda, segundo o Boletim, os meninos sofreram assédio sexual do professor, que prometeu a um deles uma colocação em um clube de futebol, em troca de sexo. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Envolvimento da SERC

Segundo o Presidente da SERC, João Félix Marinho Boteselle, durante o tempo em que permaneceu no clube o professor realizou um excelente trabalho.

Quanto ao projeto de levar os alunos para treinar em Porto Alegre, afirmou João Félix que tudo foi decidido entre o professor e as mães dos adolescentes, em reunião realizada sem o conhecimento e o consentimento da diretoria da SERC.

João Félix disse lamentar o ocorrido e espera que este fato sirva de lição, para que no futuro não sejam novamente ludibriados com falsas promessas.

“Até eu quase acreditei nos planos daquele treinador, mas observei que gostaria primeiro de conhecer pessoalmente o que propunha e como não cheguei a viajar para tal, não participei da transação, até porque não fui convidado”, disse o presidente ao portal Jovem Sul News.

Após o ocorrido, João Félix colaborou para o retorno dos atletas para casa e à SERC, onde os mesmos já se encontram treinando normalmente.

O Conselho Tutelar foi procurado para acompanhar o caso e prestar atendimento psicológico aos adolescentes envolvidos.

A direção do Diário Chapadense tentou entrar em contato com o acusado, porém, o mesmo não atendeu aos chamados.

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