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Ferroeste, que ligará Maracaju a Paranaguá, é reconhecida como projeto sustentável pela Coroa Britânica

O projeto da Nova Ferroeste despertou o interesse de um dos principais grupos ligados ao desenvolvimento com bases socioambientais do mundo. A página Sustainable Markets Initiative (Iniciativa de Mercados Sustentáveis), do Reino Unido, publicou um texto sobre o projeto do Governo do Paraná e aponta a ligação ferroviária Paraná-Mato Grosso do Sul como uma solução capaz de diminuir substancialmente a emissão de gases do efeito estufa e promover o crescimento econômico das regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil.

A vocação da Nova Ferroeste vai além de unir por trilhos Paraná e Mato Grosso do Sul, dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro, e se transformar no segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, perdendo em capacidade apenas para a malha paulista. A ferrovia será verde e sustentável.

Todo o projeto foi desenvolvido para ter o mínimo possível de impacto socioambiental. O desenho do traçado entre Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá, com ramais até Foz do Iguaçu e Chapecó (SC) não prevê nenhuma interceptação em comunidades indígenas, quilombolas ou em Unidades de Proteção Integral. Os técnicos responsáveis pela proposta alinharam o traçado a um distanciamento mínimo de cinco quilômetros desses pontos.

Já no final do percurso, toda a estrutura da nova ferrovia que vai cortar a Serra do Mar foi alinhada com o Plano Sustentável do Litoral.

A instalação do modal terá impacto na melhoria da qualidade do ar. A conta simples prevê que um trem com 100 vagões substitui 357 caminhões, ambos com capacidade aproximada de 100 toneladas de carregamento. Outra preocupação é com a redução dos conflitos urbanos. A orientação é para que os trechos da ferrovia evitem cruzar as cidades. Em Curitiba, por exemplo, os trilhos serão todos desviados, sem a passagem de trens por cruzamentos que podem gerar acidentes.

O estudo ambiental foi conduzido por uma equipe multidisciplinar com 150 pessoas da Fipe, responsável pela coleta e análise dos dados. Biólogos e geólogos percorreram 1.280 quilômetros para levantar informações sobre a flora, os meios físicos e geológicos, além de avaliar a qualidade da água nas bacias hidrográficas e do ar ao longo do traçado. O estudo contém dados referentes ao ruído, formação das cavernas, bem como a vida existente nestes lugares.

Durante o estudo de fauna, os biólogos analisaram oito locais do traçado onde há a maior cobertura verde. Nas quatro estações eles registraram e capturaram animais de inúmeras espécies. Animais ameaçados de extinção no Brasil também foram catalogados. A construção e operação do empreendimento vão usar as informações do EIA para garantir a manutenção da biodiversidade no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

Fonte: Portal MS

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