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Fogo já consumiu cerca de 800 mil hectares do pantanal sul-mato-grossense

A região de Corumbá ainda está tomada pela fumaça dos incêndios florestais. Durante sobrevoo realizado na tarde de segunda-feira (27), equipes do Corpo de Bombeiros e do Comando do 6º Distrito Naval fizeram uma análise das queimadas que já devastaram grande área do Pantanal sul-mato-grossense.

O voo durou cerca de duas horas e percorreu a região do Jatobazinho, próximo à Serra do Amolar, na região norte, a região sul, Forte Coimbra e uma localidade mais próxima da área urbana de Corumbá. O que se vê é muita fumaça, focos de incêndio que ainda consomem o bioma. Em áreas próximas de Corumbá e Ladário praticamente não há visibilidade.

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Huesley Paulo da Silva, disse que alguns fatores positivos puderam ser percebidos durante o sobrevoo, como a extinção das chamas em algumas localidades.

Ele também adiantou que isso é em decorrência da atuação tanto das equipes em terra, como também das aeronaves, principalmente do avião Hércules C-130, da Foça Aérea Brasileira, que teve base montada no aeroporto de Campo Grande.

O tenente-coronel explicou que o Hércules C-130, que tem capacidade de lançamento de até 12 mil litros de água, é uma ferramenta de suma importância para o sucesso do combate aos incêndios na região do Pantanal, que recebe um “combate combinado”, envolvendo todas as equipes na linha de frente.

“Algumas áreas seguem queimando porque, com o terreno alagado, não temos acesso terrestre e nem como pousar as aeronaves, responsáveis em levar as equipes que se deslocam pelo ar e também pela terra. Nossa grande dificuldade ainda é essa, os locais de difícil acesso, que dificultam o trabalho de extinção das chamas”, falou.

Segundo o Diário Corumbaense, um levantamento do Ibama/Prevfogo aponta que desde janeiro até agora já foram consumidos pelo fogo uma área de aproximadamente 780 mil hectares em todo o bioma Pantanal de MS. As queimadas tiveram início mais cedo este ano, nos meses de março abril, uma situação atípica, já que os focos são mais comuns a partir de junho, final do outono e início do inverno.

Além do Hércules C-130, quatro helicópteros estão empenhados na operação, que conta também com 90 militares do Corpo de Bombeiros das unidades de Corumbá, Aquidauana, Jardim, Ponta Porã e Maracaju, além de 30 brigadistas do Ibama/Prevfogo e 32 da Marinha do Brasil.

 

Fonte: Diário Corumbaense

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