Fundação Chapadão alerta sobre pragas de final de ciclo da soja e culturas subsequentes
A maioria das lavouras de soja na região dos Chapadões já está na fase final de granação. A atenção agora deve ser redobrada com o controle de pragas como os percevejos, lagarta spodoptera, ácaros, mosca branca e as pragas que podem estar no sistema vindo a atacar as culturas de algodoeiro e milho que vêm na sequência da soja, alerta a Fundação Chapadão.
Nas últimas semanas, várias áreas acompanhadas pelos técnicos da Fundação Chapadão, observou se a presença dos percevejos. Entre as espécies preponderantes destaca-se o Euschistus heros (percevejo marrom), que tem sido encontrado com maior frequência. Observa-se tanto a presença de adultos como de ninfas. Esta praga pode levar a prejuízos como a queda no rendimento e até mesmo na qualidade dos grãos, sendo necessária uma maior atenção neste quesito, quando se pensa em armazenar por períodos maiores.
Nesta safra a Helicoverpa Armigera esteve presente no começo do desenvolvimento da cultura. No entanto, no armadilhamento realizado pela Fundação Chapadão, pode-se observar uma captura maior de mariposas do gênero Spodoptera sp. Nesta fase final da cultura a Spodoptera frugiperda mesmo em baixas quantidades pode levar à queda de vagens, atacando da base do pedúnculo, ou mesmo no meio, chegando ao grão, além de levar à desfolha. Em algumas áreas são facilmente encontradas populações de S. eridania, importante desfolhadora. Ambas as lagartas podem ficar no sistema e nesta sobra vir a dar problema para a cultura do milho e mesmo para o algodoeiro.
O setor de Entomologia da Fundação Chapadão ressalta que para esta praga é muito importante a rotação dos mecanismos de ação, a fim de alcançar maiores eficiências.
Algumas áreas em regiões que sofreram alguns veranicos foi constatada a presença de ácaros, sendo o verde (Mononichellus planki ) e ainda o ácaro-rajado (Tetranychus urticae).
Na região do Baús (Costa Rica) e outras áreas nos Chapadões mais pontualmente, já apresentam populações no nível de controle de Bemisia tabaci biótipo B (Mosca-Branca). Para estas duas pragas faz-se muito importante a detecção da população inicialmente, a fim de obter os melhores resultados no manejo.
O pesquisador da Fundação Chapadão, Germison Tomquelski relata que muitas áreas estão tranquilas com bons manejos realizados, mas deve-se ter atenção ainda. O sucesso do produtor está na atenção com o monitoramento. Nesta fase um bom manejo pode levar a diferenças na rentabilidade final. E ainda as sobras destas pragas podem comprometer o resultado do milho segunda safra ou mesmo o algodoeiro que está ao lado, devendo ser analisado o sistema. O tripes é um exemplo disto, com maior presença no algodoeiro em função das mudanças no sistema de produção.
Para maiores detalhes os pesquisadores e técnicos da Fundação Chapadão estão à disposição para o manejo das referidas pragas. Telefone para contato é 67.3562-2032.
Fonte: Equipe Pragas e Plantas Daninhas – Fundação Chapadão