Grávida de 24 semanas, Tayara Caroline Silva da Silva (30), suspeita de matar a golpes de machadadas Ingrid Lopes Ribeiro (13), por ciúmes do ex-marido, teria posado para foto ao lado do corpo da adolescente após o crime. O episódio foi revelado pelo garoto de 15 anos, suspeito de participação. Ele prestou depoimento à polícia na quinta-feira (23), acompanhado do pai.
Conforme o delegado Felipe Machado Potter, responsável por investigar o caso, o celular de Tayara ainda não foi localizado para confirmar esse fato. O corpo da menina foi encontrado na noite de quarta-feira (22) enterrado na casa onde Tayara vivia, na Rua Perdizes, no Bairro Esplanada III, em Chapadão do Sul. Ingrid havia saído de casa havia três meses. A suspeita foi presa no mesmo dia na casa de uma amiga na Avenida Goiás. Indagada, confessou apenas que havia cedido a casa para ocultar o corpo.
Na delegacia o garoto contou que frequentava a casa da mulher desde junho do ano passado e conhecia Ingrid da escola, apenas de vista. Ele passou a conversar mais com a adolescente quando ela fugiu da casa dos pais e foi procurar abrigo na casa de Tayara. Relatou ainda que os três fumavam maconha quando se encontravam. Tayara e Ingrid eram muito amigas, segundo Liandra Lopes Antunes (18), irmã da adolescente.
No dia do crime, segundo depoimento do garoto, Tayara mandou mensagem para a adolescente ir até o local buscar as roupas e documentos que haviam ficado na residência. Os três, então, fumaram maconha e durante a conversa Tayara teria pedido que Ingrid desbloqueasse o seu celular. A intenção era saber se a vítima mantinha contato com o seu ex-marido.
Foi nesse momento, conforme o depoimento do garoto, que Tayara deu o primeiro golpe de machado na cabeça da vítima. Depois, o adolescente desferiu duas facadas na barriga de Ingrid. Porém, ela ainda permaneceu consciente e foimorta na sequência pela autora.
Depois do crime, o adolescente ainda tirou uma foto de Tayara posando ao lado do corpo. A imagem foi feita com o celular da autora. Depois disso, os dois amarraram os pés e as mãos da vítima, colocaram duas sacolas plásticas sobre sua cabeça (para evitar que o sangue se espalhasse), tomaram banho e foram embora. O corpo só foi enterrado quatro dias depois pelo adolescente e a autora, que usaram uma enxada, pá e o próprio machado para fazer a cova.
Tayara ainda não passou por audiência de custódia. Ela passou mal na delegacia, foi levada para o Hospital Municipal e na sequência transferida, sob escolta, para Campo Grande com risco de aborto. Ela já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas, ameaça, vias de fato e lesão corporal. Ainda não há informação se o garoto foi levado para uma Unei (Unidade Educacional de Internação).
Fonte: CGNews