Helga Marks é filha de alemães que em 1929 fugiram da gelada Sibéria (Rússia) para a Alemanha, de onde migraram à cidade catarinense de Riqueza.
Helga nasceu em Riqueza (SC) no dia 7 de outubro de 1949, onde residiu até 1972, quando mudou-se com o marido, Gerardo Marks, para a cidade sul-mato-grossense de Sidrolândia, onde começaram a construir uma bela história de vida, com desafios que jamais imaginaram.
Depois de seis longos anos em Sidrolândia mudou-se para a comunidade da Pedra Branca para dar continuidade às atividades voltadas à agricultura, juntamente com o esposo e os cunhados, todos ligados à terra.
A chegada ao então distrito de Cassilândia – agora de Chapadão do Sul – se deu em 1978. Começava ali a saga de Helga Marks, cuja capacidade de ajudar o próximo não tem como avaliar. Depois de vender a fazenda mudou-se para a cidade, já com os filhos adultos que acabaram seguindo cada um o seu caminho.
Começou a interagir no Grupo da Melhor Idade, onde foi uma das grandes incentivadoras e fez parte da diretoria. Até hoje participa das atividades voltadas aos idosos no Centro de Convivência e sempre é voluntária em ações coletivas.
Foi professora de artesanato na gestão do prefeito Edwino Schultz, no momento em que Chapadão do Sul começava a engatinhar como município emancipado.
Mulher de personalidade forte, líder nata, lavava a louça ou ia buscar água, com uma espingarda do ombro para proteger suas três crianças contra a presença ostensiva de onças que rondavam a barraca de lona na Pedra Branca. Eram tempos difíceis e ela tinha que cuidar dos três filhos pequenos enquanto o marido Gerardo ia para a lavoura. Não havia luz elétrica ou estradas asfaltadas e para ganhar um filho era necessário uma longa viagem ao hospital de Cassilândia.
Exerce a liderança em praticamente todas as atividades que participa. Tornou-se uma das principais membras da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, onde está à frente de várias ações, juntamente com a atual diretoria e demais membros. As deliciosas cucas preparadas carinhosamente por Helga Marks e outras mulheres são vendidas e o dinheiro arrecadado é revertido à Comunidade Luterana.
Diante dessa bela trajetória de vida é que prestamos essa homenagem.
