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Hospital Universitário de Três Lagoas será referência regional e unidade de ensino e pesquisa da UFMS

O esforço de mais de um ano do Governo do Estado, para assegurar técnica e financeiramente a construção do Hospital Universitário de Três Lagoas, será compensado com o início das obras, licitadas e homologadas, do novo complexo hospitalar  – previsto para ser uma referência em saúde pública. “A obra atenderá às necessidades de saúde da população e terá um papel na rede de atenção à saúde regional ajudando a promover condições adequadas para o ensino e pesquisa”, destaca o Projeto Executivo.

A unidade servirá a uma região cuja população hoje recorre ao atendimento de urgência em Campo Grande e nas cidades paulistas que fazem divisa com Mato Grosso do Sul. A falta de um hospital de grande porte – e público – na região da Costa Leste traduz a demanda histórica de todo o chamado Bolsão, que se tornou um polo do agronegócio e atraiu os maiores investimentos privados dos últimos anos, contudo, carece de um item básico: o acesso à saúde das pessoas que dependem do SUS, o sistema único de assistência médica do governo federal, para realizar consultas, exames e cirurgias mais complexas sem depender de vagas na “fila da vergonha” do sistema de regulação.

A reivindicação antiga de Três Lagoas e região começa a se tornar realidade: a ordem de serviço para início da obra do Hospital Universitário será dada nos próximos dias pelo governador Reinaldo Azambuja, que, desde o início de sua gestão, buscou pessoalmente viabilizar um projeto mal elaborado pelo governo anterior.  Azambuja foi a Brasília e também garantiu o financiamento de parte dos recursos – R$ 34 milhões – via BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), com o apoio da bancada federal, em especial da senadora Simone Tebet (PMDB).

“Quero anunciar que saiu a licitação e homologação do Hospital Regional de Três Lagoas, que será construído e administrado pelo Estado”, disse o governador, em visita à região, na semana passada. “Vamos dar ordem de serviço dentro de 15 dias. A saúde está sendo pensada regionalmente. Nossa estrutura obedece a uma lógica, que vai fortalecer os polos regionais. Além de dar a ordem de serviço, temos R$ 55 milhões já em caixa, para que a obra se inicie e tenha velocidade”, comemorou Reinaldo.

O Hospital Universitário de Três Lagoas é uma das principais ações do governo estadual dentro do plano de estruturação e regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul, que se iniciou em 2015 com a Caravana da Saúde. Além de equipar as unidades hospitalares do interior com aparelhos de tomografia, hemodiálise e outros, o governo de Reinaldo Azambuja implantou 70 novos leitos de UTI, em 2016, e finaliza as obras do Hospital do Trauma e a ampliação do Hospital do Câncer, ambos em Campo Grande.

“A saúde pública é municipalizada, mas isso não impede que o governo invista na melhoria dos serviços em todo o Estado. Enquanto as gestões anteriores aplicaram 4% na saúde, no ano de 2015 aplicamos 12,7% e seguimos avançando em um patamar no qual é possível afirmar que o Estado está fazendo a sua parte como nunca fez, mesmo em um momento de crise, que quebrou a maioria dos estados. Essa é a construção de uma lógica regional de atendimento mais digno às pessoas”, explicou Reinaldo.

 

Obra licitada, verba garantida: o governo cuidando das pessoas

O resultado e homologação da licitação da obra do Hospital Universitário de Três Lagoas, orçada em R$ 56.457.005,49, foi publicado no Diário Oficial do Estado, na última sexta-feira (10/2), pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Orçado inicialmente em R$ 68,4 milhões, o hospital terá 138 leitos e atenderá também a população de Água Clara, Bataguassu, Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

A obra deveria ter sido iniciada em 2014, contudo houve desistência da empresa contratada e a atual gestão constatou incorreções no projeto original, que passou por readequações. Por esse motivo, a obra do hospital integra o conjunto de mais de 200 obras inacabadas pelo governo anterior. O projeto faz parte também do plano de reestruturação e regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul.

“O hospital representa um avanço à saúde de Três Lagoas e toda a região. Vai atender à demanda do município e da população do Bolsão, que tem a nossa cidade como referência no atendimento à saúde. Vai ampliar a quantidade de leitos, médicos e vai auxiliar na formação dos alunos de medicina da UFMS. É a realização de um sonho e uma grande conquista para a cidade”, destacou o prefeito de Três Lagoas.

O hospital será construído em terreno doado ao município pelo empresário Magid Thomé Filho, no Distrito Industrial (rodovia BR-158), com uma área de 23 mil metros quadrados. Contará com 138 leitos e auxiliará os atendimentos do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, principalmente nas especialidades de trauma, além de atender as demandas do curso de Medicina do campus da Universidade Federal de MS (UFMS) em Três Lagoas.

Leitos – Os 138 leitos serão divididos da seguinte forma: 6 pré-parto, parto e pós-parto; 3 indução e recuperação de pacientes; 5 observação pediátrica; 22 observação paciente; 2 observação psiquiátrica; 10 UTI cirúrgica; 10 UTI clínica; 48 enfermarias; 4 internação isolamento; 8 semicrítico; 12 preparo e recuperação pós anestésica e 8 observação e  recuperação do paciente.

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