A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Harpócrates II, contra lojistas de Campo Grande e Chapadão do Sul, acusados de contrabando de produtos eletrônicos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Os comerciantes enviavam doleiros para pagar fornecedores de mercadorias no Paraguai e depois traziam os produtos eletrônicos para o Brasil, sem pagar os impostos.
Empresas de fachadas eram utilizadas para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias, depois os equipamentos eram revendidos em Mato Grosso do Sul.
Os agentes cumprem um mandado de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão. Treze deles são em Campo Grande e um estabelecimento comercial, na Avenida Seis, em Chapadão do Sul, onde uma Van foi utilizar para o recolhimento das mercadorias apreendidas.
Também houve sequestro de dois imóveis, três veículos e valores existentes em contas bancárias de quatro investigados.
Trabalham na operação cerca de 60 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal.
A investigação começou em 21 de novembro de 2019. Desde então, foram realizadas apreensões de mercadorias e apurada a situação patrimonial dos envolvidos.
Parte da organização criminosa investigada já foi alvo em 2017 da Operação Harpócrates I.
Foi investigada uma loja sediada no hotel Grand Park, em Campo Grande, que vendia smartphones, computadores pessoais, notebooks, suprimentos de informática, drones, etc. O dono da loja é alvo novamente da PF hoje.
Na época, também foram apurados a comercialização de grande quantidade de roupas, de marcas internacionais, adquiridas em outros países da América do Sul.
O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o Deus do silêncio e do segredo, contrastando com a ostentação apresentada pelos investigados.
Fonte: Correio do Estado
Imagem: OCorreioNews