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Mãe e padrasto são presos por torturar filhas de 4 e 6 anos em Chapadão do Sul

Uma denúncia de maus tratos, na noite desta segunda-feira (6), levou a polícia militar de Chapadão do Sul (MS) até à Rua Tiziu, no Bairro Esplanada, onde, segundo a informação, ouviam-se gritos de crianças em uma determinada residência.

Policiais militares foram até o local indicado, onde, recebidos pela mãe, puderam constatar diversas lesões pelo corpo de duas meninas, de 4 e 6 anos.

A mãe das crianças, em conversa com os policiais, admitiu as agressões, por motivos fúteis, praticadas tanto por ela quanto pelo padrasto.

Encontravam-se as crianças, segundo o Boletim de Ocorrência, em estado deplorável de maus tratos e, no quartel da PM, receberam alimentação, já que, segundo as menores, estavam com muita fome.

A Polícia Civil e o Conselho Tutelar foram acionados e, somente após encaminharem as crianças ao Hospital Municipal e realizado o exame de corpo de delito é que se pode dimensionar a gravidade das lesões, classificadas como tortura. As menores apresentavam ferimentos nos braços, pernas, costas, joelhos, antebraços, abdômen e costelas.

As crianças relataram que sofriam agressões havia meses, tanto da mãe, quanto do padrasto. Disseram ainda que, por várias vezes, eram obrigadas a permanecer ajoelhadas sobre tampinhas de garrafa, como forma de punição por terem ido brincar na rua. Esse tipo de tortura se confirma pelas marcas nos joelhos das meninas.

Além da gravidade do ato em si, o que mais choca, inclusive aos policiais, acostumados a lidar com crimes hediondos, é a frieza da mãe, que não demonstra nenhum arrependimento e, durante a oitiva, contou com detalhes como torturava as filhas. De acordo com o delegado, Dr. Felipe Machado Potter, a mãe, em nenhum momento, demonstrou nervosismo.

Ambos, mãe a padrasto, de 21 e 27 anos, respectivamente, foram presos em flagrante e a Polícia Civil vai representar, junto ao Ministério Público, pedindo a prisão preventiva pelo crime de tortura e para evitar que o fato se repita.

As crianças foram acolhidas na Casa Abrigo e terão acompanhamento especializado.

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