Mato Grosso do Sul, um Estado em busca da reafirmação
O desejo de desmembrar Mato Grosso do Sul de Mato Grosso se iniciou nas primeiras décadas do século XX, com uma revolta sob a liderança do coronel João da Silva Barbosa, resultando que os rebeldes foram derrotados. O norte sempre teve resistência, por ter medo de que o estado se esvaziasse economicamente. Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, efetivou-se a adesão do sul ao movimento, sob a condição de que se fosse vitorioso seria dividido o antigo estado. No dia 11 de outubro de 1977, finalmente concretizou-se o desmembramento de Mato Grosso do Sul, que o presidente Ernesto Geisel elevou à categoria de estado em 1º de janeiro de 1979, sendo primeiro governador empossado Harry Amorim Costa, além da Assembleia Constituinte.
A data que se repete hoje não tem a mesma euforia de décadas atrás e a celebração é completamente mais tímida. Os sul-mato-grossenses lutam pela identificação e reafirmação do Estado e da cultura, enquanto os “estrangeiros” de outros locais vão chegando e se acomodando.
“O que marca Mato Grosso do Sul é a multiculturalidade, a presença de pessoas de outros estados. Paulistas que vieram para cá para ‘ganhar dinheiro’, mas acabaram ficando. Os paranaenses que foram retirados das terras na época da construção da usina de Itaipu e se mudaram para cá porque a terra era barata e tantos outros”, analisou a historiadora sul-mato-grossense Alisolete Antônia dos Santos Weingartner.
A especialista apontou que a emancipação foi um processo que teve início em maio de 1898, quando coronéis tentavam garantir independência territorial que era travada com a Companhia Matte Larangeira, uma empresa que surgiu com concessão imperial para exploração da erva-mate na então região sul de Mato Grosso.Thomaz Larangeira garantiu o benefício e o poder porque financiou o Brasil na Guerra do Paraguai.
Fonte: Wikipédia/Correio do Estado