Ocorreu na última quinta-feira (09), na Câmara Municipal, uma reunião/audiência quando o Executivo apresentou informações referentes à situação das finanças do município e para que se chegasse a um consenso sobre o reajuste salarial dos servidores públicos municipais.
O Prefeito Municipal Dr. Felipe não esteve presente, mas foi representado pela Secretária de Governo, Tânia Francini. Durante a reunião o Secretário de Finanças, Paulo Pereira Borges, fez uma breve apresentação sobre a situação financeira do município e projetou um reajuste salarial em que o percentual máximo a ser concedido seria de 6%, isso elevaria a folha de pagamento para um valor de 45 milhões de reais ao ano, causando um cenário negativo.
Segundo o Secretário, mesmo diante deste fato o prefeito ainda propôs o aumento de 8% para todos os servidores. A Presidente da Câmara, Sônia Maran, presente à reunião, afirmou que era hora da prefeitura rever os cargos comissionados, já que, segundo ela, somados todos os “cargos de confiança” a prefeitura gasta cerca de 3,6 milhões de reais ao ano.
Sônia defendeu a tese de que deve ser revisto o salário do magistério, atualmente em R$ 977 para 20 horas aula, o que somados os dois períodos perfazem um total de R$ 1954, um valor de R$ 37 acima do piso nacional, que, segundo ela, não representa nossa realidade, já que hoje em Chapadão do Sul ganha-se praticamente a mesma coisa que em regiões como o nordeste, onde o custo de vida é bem abaixo.
Outro ponto questionado foi o reajuste para uma categoria específica. Segundo a presidente, o pagamento dos professores provém do FUNDEB (Fundo da Educação Básica), ou seja, outra receita, e assim, o reajuste pode ser feito a qualquer momento.
Nenhum representante do SindChap esteve presente no local, afirmando desconhecer a reunião e por não terem recebido o convite, cuja responsabilidade de encaminhar a todos os setores e àquela entidade era da Secretária de Governo, Tânia Francini,.
A Presidente Sônia citou que o presidente do SindChap tinha conhecimento da reunião, pois foi informado por telefone por ela mesma, e que inclusive se comprometeu a fazer um contato para definir alguns detalhes antes da reunião na Câmara.
Assembleia às pressas
Segundo informações, uma Assembleia Extraordinária do SindChap foi marcada às pressas para que os servidores pudessem ouvir a proposta do prefeito antes mesmo da apresentação dos números na quinta-feira. Nesta assembleia, segundo o SindChap, os servidores aceitaram a proposta do Executivo de 8,5%.
Alguns funcionários, presentes à reunião na quinta feira, mostraram extrema decepção com o Sindicato, que não esperou a apresentação da projeção na Câmara para a realização da Assembleia.
Objetivo alcançado
A Presidente da Câmara, Sônia Maran, para finalizar a reunião, agradeceu a presença de todos e salientou que o seu objetivo foi alcançado, que era o de mostrar aos servidores a situação financeira e uma justificativa para a proposta do reajuste. Segundo ela, é uma pena que o Sindicato não tenha participado e conhecido os números antes de aceitar a proposta do Executivo.
“É uma pena porque os números comprovam que a prefeitura poderia dar 10% e ser mais justa, mas não. Se o Sindicato, que fala em nome dos servidores, acha que o aumento não precisa ser maior, infelizmente a nossa parte já fizemos, agora cabe aos servidores cobrar do Sindicato uma explicação sobre este assunto”, enfatizou Sônia.
Sônia afirmou que naquela reunião pela primeira vez que a prefeitura apresenta números e conversa abertamente com os servidores sobre aumento salarial. Após a reunião algumas professoras procuraram a Assessoria Jurídica da Câmara para obterem informações sobre o direito a 1/3 de Hora Atividade.
Segundo as professoras, o SindChap as informou que o direito à elas não é válido, uma vez que as mesmas trabalham com crianças de 0 a 3 anos. A reunião com o Jurídico da Câmara foi esclarecedora e elas saíram de lá satisfeitas com as informações.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal
