Faleceu na tarde desta quinta-feira (30), aos 74 anos, o ex-deputado estadual Ary Rigo. Rigo estava em coma induzido após sofrer uma queda no último domingo (26).
Segundo o genro do político, Daniel Navarro, a morte foi causada por uma parada cardiorrespiratória. Rigo faleceu às 13h15 e ainda não há informações sobre o velório e sepultamento. “Ainda não tivemos a liberação pelo hospital”, justificou o genro.
O político ficou internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital da Unimed. Nesta quinta-feira (30), amigos se despediram dele e lamentaram a perda.
Carreira política
Nascido em Passo Fundo (RS), Ary Rigo foi eleito deputado estadual de Mato Grosso do Sul por 24 anos. Sendo que dois mandatos foram pelo PDT e quatro pelo PTB.
Exerceu o cargo na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) de 1979 até 1991, voltou como deputado em 1999 e permaneceu até 2011. Quando era o primeiro-secretário da Alems, Rigo foi pivô do escândalo de corrupção no Parque dos Poderes poucos dias antes das eleições e acabou perdendo a reeleição, que disputava pela sexta vez em 2010.
Entre os anos de 1991 a 1994, Ary Rigo também ocupou espaço no Governo de Mato Grosso do Sul, durante a gestão de Pedro Pedrossian. Nesse período, Rigo ocupou cargo de 2º Secretário de Estado e também de 3º vice-governador, cargo extinto atualmente.
Polêmicas e investigações
Em 2017, o ex-deputado estadual Ary Rigo, foi um dos implicados na Operação Uragano e da Operação Antivírus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A operação investigava contrato de informática do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito).
Os crimes investigados pela operação foram de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa. Na época, um dos advogados do ex-parlamentar confirmou a prisão.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu em 2014, por maioria, prover recurso do ex-deputado Ary Rigo. A Justiça Eleitoral decidiu devolver o diploma, após cassação.
Nove anos depois, em 2019, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) arquivou o flagra em vídeo, que o Rigo denunciava ‘mensalão do MS’. A gravação não foi suficiente para que o Ministério ajuizasse a ação por improbidade administrativa contra beneficiários do esquema.
Fonte: Midiamax