MPMS investiga Hospital Regional e Secretaria de Saúde por falta de materiais e alto índice de mortes
Crise financeira e administrativa, média de 132 mortes por mês e mudança de gestão levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul a abrir investigação no Hospital Regional de MS e também na Secretaria de Estado de Saúde.
A apuração será conduzida pela promotora Daniela Cristina Guiotti e tem como foco principal a verificação da denúncia de falta de materiais básicos no hospital, que é gerido pelo Governo do Estado, e que impedem a realização de exames e tratamentos.
Entre os procedimentos que ficaram restritos estão, a biópsia guiada por rádio imagem, biópsia de tecido neoplásico e procedimentos de nefrostomia percutânea interna e externa, tanto para pacientes adultos quanto infantis.
A denúncia apresentada, e que levou à abertura de investigação, diz que pacientes atendidos e internados no HR necessitam de biópsia percutânea de pâncreas, fígado, pulmão e estão sem o devido amparo. Na oncologia e no setor de renais, há também problemas constantes que se repetem há seis meses.
Muitas são as reclamações de pacientes e familiares quanto aos problemas encontrados no hospital.
Nesta quarta-feira (6) foi apresentada a nova diretora do HR, a médica Rosana Leite de Melo, que é servidora de carreira do local e especialista em cirurgia de cabeça e pescoço. Ela substitui Márcio Eduardo de Souza.
Apesar do número alto de mortes registrado (média de 4,4 por dia) o Governo do Estado afirmou que isso é considerado normal e está dentro da média histórica dos últimos nove anos.
Em agosto, duas outras investigações no HRMS foram arquivadas pelo MPMS. Uma delas apurava irregularidades nas compras realizadas pelo hospital para a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul); já a outra apurava a falta de farmacêuticos-bioquímicos nas escalas plantões noturnos e de finais de semana no Hemonúcleo, além de irregularidades no procedimento de prova cruzada, que estariam sendo realizados por técnicos de laboratório.
Fonte: Midiamax