Desde 1° de outubro o dia amanhece mais cor-de-rosa. A luta contra o câncer de mama tem, durante todo esse mês, atenção especial quanto à prevenção, diagnóstico e tratamento. O “Outubro Rosa” é o mês de conscientização e combate ao câncer de mama. Segundo dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2010, 12.705 mulheres morreram de câncer de mama.
O movimento busca alertar sobre os riscos e a necessidade do diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele. O seu nome remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas, e instituições públicas.
Iniciado na década de 90, nos Estados Unidos, o Outubro Rosa chegou ao Brasil em 2008 por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e já conquistou grande aderência da população.
Segundo o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba (PR) existem algumas ações cotidianas que podem ajudar na prevenção no câncer de mama, chamadas de “comportamento defensivo”. “Esse comportamento inclui a mulher administrar com cuidados da sua sexualidade, evitando abusar de anovulatórios e de hormônios para reposição”, explica Pacheco.
Segundo o especialista, a mulher que faz atividade física por pelo menos 50 minutos, durante seis dias na semana, tem até 30% menos chances de ter câncer de mama, e a alimentação adequada também ajuda – a menor ingestão de carne vermelha e açúcar são indicadas. “Outro fator é a mulher ter filhos antes dos 30 anos, já que, na gravidez e durante a lactação, ela gasta as células-tronco da mama, que aumentam o risco da doença”, explica.
Muitas mulheres esperam sentir dor para se consultar, e esse pode ser um grande erro, já que o câncer pode não doer. Mulheres com mais de 50 anos, mesmo que não sintam nada de diferente em suas mamas, precisam fazer mamografia a cada dois anos. “E quem tem parentes de primeiro grau que já tiveram a doença, os cuidados devem ser redobrados”, alerta.
Em casos extremos, em que há a necessidade da retirada da mama devido à doença, já existem soluções para cada caso que podem ajudar a melhorar a autoestima da mulher e a aparência da região afetada devido a novos e cada vez mais tecnológicos procedimentos.
Segundo Pacheco, a reconstrução da mama é um procedimento física e emocionalmente gratificante para a mulher. Uma nova mama pode melhorar radicalmente sua autoestima, autoconfiança e qualidade de vida. “É sempre bom lembrar que, embora a cirurgia possa lhe dar uma mama relativamente natural, a mama reconstruída nunca será igual à que foi removida, a sua sensibilidade não será a mesma e cicatrizes ficarão visíveis, mas, de qualquer jeito, essa uma forma de ajudar no processo de recuperação da paciente”, comenta o especialista.
Isso acontece porque os resultados finais da reconstrução pós-retirada da mama (mastectomia) podem ajudar a minimizar o impacto físico e emocional da cirurgia. Com o tempo, certa sensibilidade na mama pode voltar, e as cicatrizes tendem a melhorar. “Existem algumas limitações, mas a maioria das mulheres acha que são pequenas em comparação à melhoria em sua qualidade de vida. É sempre bom lembrar que a monitoração cuidadosa da saúde da mama através do autoexame, mamografia e demais técnicas de diagnóstico são essenciais para a saúde em longo prazo”, conclui Pacheco.
Assessoria de Imprensa