Piloto de asa delta vai parar no hospital após ser atacado por um jumento
O piloto de voo livre Edson Zardo, de Campo Grande (MS), foi atacado por um jumento enquanto descansava em uma área de pasto no Vale do Paranã (GO), após um pouso de asa delta, no sábado (25).
Edson sofreu fissuras nos ossos da mão e pé direito direitos, além de vários ferimentos mais leves, e foi internado no Hospital Home, em Brasília, por precisar de procedimento especial de desinfecção nos ossos lesionados pelo animal.
O caso foi divulgado em página chamada “Air Boys Team”, do Instagram, espaço voltado ao público do esporte praticado por Edson. Para a página, deu entrevista por transmissão de vídeo e relatou o acidente. Apesar do humor demonstrado ao contar sobre acidente “inusitado”, disse ter passado momentos de pânico ao “ter achado que ia morrer”.
A região onde ele pousou é conhecida por ser um “pico” dos praticantes de voo livre. O vale é localizado na cidade de Formosa, interior de Goiás, próximo à divisa com Brasília, a 87 km do Distrito Federal.
O piloto relatou que estava distraído quando o animal se aproximou. Foi atacado com mordidas nas costas, derrubado ao chão pelos avanços do jumento, que ainda continuou a mordê-lo. Segundo Edson relatou em vídeo, o ataque durou 20 minutos.
“Tive um MMA com o jumento”, disse, mostrando o braço enfaixado. “Eu pousei com a asa e saí do cinto, deixei a asa ali um pouco para dar uma descansada na sombra, até eu juntar força para desmontar a asa”, relatou.
Ele afirma que o animal “o ergueu do chão pela virilha e o arrastou por quatro metros”. Depois de ser arrastado, conforme declarou, conseguiu pedir ajuda com auxílio de um rádio transmissor. Edson contou “ter sangrado bastante” e que o resgate precisou de operação “especial”.
Ele conseguiu acionar um amigo que voava na mesma “rampa”, como é chamada esse tipo de área para voo livre. O amigo, contou Edson, pousou em uma fazenda próxima do local onde ele estava e conseguiu chegar até ele de caminhonete.
Depois de ter sido socorrido, Edson foi levado para o hospital em Formosa, mas precisou ser transferido para o hospital em Brasília. “O jumento parecia assim tão inofensivo, pequeno, não era um jumento grande. Realmente eu achei que ia morrer ali por falta de apoio, porque o bicho é muito mais forte que eu”, disse.
“Eu costumava voar no Pantanal, com jacaré, onça, tudo quanto é bicho no Pantanal e fui ser atacado por um jumento”, brincou. “A gente fez todos os procedimentos necessários, graças a deus está tudo certo”, finalizou.
Fonte: Campo Grande News