A mesa diretora da Câmara Municipal recebeu na tarde desta terça-feira (1º) vários motoristas do transporte escolar, que estiveram na Casa de Leis buscando apoio para a solução de um problema que vêm enfrentando com o Executivo. Trata-se do corte salarial da classe, que está sendo prejudicada pela medida tomada pelo prefeito em cortar as horas extras e as funções gratificadas dos motoristas.
Segundo a classe, há algum tempo o prefeito reuniu-se com os motoristas e afirmou que, devido à queda da arrecadação e o corte de gastos, seria feito um corte de 10 a 15% no salário de todos os motoristas, no que se refere a funções gratificadas e horas extras.
Foi então que no mês de julho foi cortado dos motoristas 50% das horas extras, e a situação se agravou mais ainda quando, sem aviso prévio, no mês de agosto foi feito um corte total nas horas extras e a retirada das funções gratificadas de todos os motoristas, que variam e 30 a 50% dependendo da linha que o servidor faça.
Sem uma resposta do prefeito e sem conseguir pagar suas contas, os motoristas agora querem a ajuda do Legislativo para que seja firmado um acordo com o Executivo e suas horas extras voltem a ser pagas, bem como suas funções gratificadas. Vale lembrar que a maioria dos motoristas tem uma carga horária que chega até 14 horas diárias começando cerca de 4h da manhã e terminando cerca de 19h, devido à distância das localidades onde é feito o transporte dos alunos.
Diante desta situação a Câmara, juntamente com seu Consultor Contábil, Itamar Mariani, fez uma análise minuciosa das receitas do município e foi constatado que do mês de junho para julho houve um aumento de mais de 2 milhões de reais, o que desmistifica a informação de que houve queda na arrecadação.
Segundo a Presidente Sônia Maran, a receita do município teve um superávit de R$ 5.102.702,15 em 2015, chegando à soma de R$ 47.376.641,09 somente com arrecadação de ICMS, FPM, Fundeb e Receita Tributária, até julho de 2015.
Sônia ressaltou que será necessária uma reunião com o Executivo para saber os motivos pelos quais foram cortadas as horas extras e as funções gratificadas, que já vinham sendo pagas aos motoristas há mais de dez anos.
“Volto a dizer que estão cortando gastos de forma errada. Onerar o funcionalismo público, mesmo tendo aumento na arrecadação, e diante de uma previsão futura de 120 milhões para 2016, é sem dúvida mais um absurdo”, enfatizou Sônia.
Agora diante das ações de corte de gastos do Executivo, e da redução do salário dos motoristas, mesmo com aumento da arrecadação, fica a pergunta: cadê o dinheiro que estava aqui?
Fonte: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal