Uma grande festa marcou o final de semana dos gaúchos em Chapadão do Sul (MS) e acabou por envolver toda a comunidade local.
No sábado (15) aconteceu a já tradicional Missa Crioula, uma celebração católica, porém, adaptada em linguagem, ritmo, estilo e símbolos tradicionalistas gaúchos, com a participação de centenas de fiéis. A Missa, sempre repleta de emoção, foi celebrada pelo padre Altair Ferreira e concelebrada pelo padre Francisco Zanon, da Paróquia São Pedro Apóstolo, que, ao final, surpreenderam a todos ao mostrarem que, sob a túnica, ambos vestiam-se a caráter, ou seja, devidamente pilchados, com bota, bombacha, lenço e guaiaca.
Um fatos mais marcantes da celebração foi que, diferentemente dos outros anos, desta vez a cruz de madeira que leva entrelaçados os lenços vermelho e branco, simbolizando a paz entre Maragatos e Ximangos, não ficou em um pedestal, mas apoiada pelos próprios fiéis que se alternavam entre si.
Este ato, segundo seu idealizador, o Sacristão Alex Moreira, teve por objetivo o de transmitir a mensagem de que, na vida tudo passa. “Um dia de tristeza passa, assim como os momentos de maior felicidade. A cruz ali representou a entidade CTG e nossa comunidade e, se não a entregarmos nas mãos dos outros, vai passar e nada mais restará. Assim é o CTG que, como aquela cruz se manteve em pé, amparada por várias mãos, se perpetuará passando de geração em geração”, disse Alex Moreira.
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Logo após a Santa Missa, seguindo a programação da Semana Farroupilha, aconteceu o jantar no Galpão Crioulo. O cardápio, mandiocada, patrocinado pelo Edson do Sindicato e pela Somar Agronegócios, foi preparado pelos casais Jorge Flores e esposa Tânia, e Oltamir e Márcia Bandeira.
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No domingo (16) nem mesmo a chuva impediu que o CTG recebesse mais de 600 pessoas em seu tradicional almoço.
Foram consumidos mais de 30 costelões, assados no fogo de chão, como manda a tradição do gaúcho.
Momentos de grande emoção tomaram conta do público presente e, especialmente da Família Schwengber, homenageada desta 32ª Semana Farroupilha.
Gerson e Ana, ao lado dos filhos Moisés, Davi, Ana Lívia e Allana, ouviram emocionados a história de suas vidas, contada a partir do início do namoro, ainda na década de 80.
Os filhos Tiago, Nilo, Ângela e Gean não puderam estar presentes, mas fizeram questão enviar as suas mensagens de gratidão e admiração pela maneira como seus pais conduziram a criação e a educação dos filhos, sempre seguindo os ensinamentos da Igreja Católica e do próprio CTG, segundo a cultura e as tradições gaúchas.
A patronagem do CTG Cultivando a Tradição, por sua vez, homenageou a Família Schwengber em retribuição e reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à entidade até os dias atuais. Gerson e Ana fazem parte da patronagem, onde ocupam o cargo de Diretores de Patrimônio.
O evento contou ainda com belíssimas apresentações de Danças Tradicionais e Xula, com a participação dos elencos Mirim e Juvenil, dos dançarinos Matheus Ledesma, Moisés Schwengber, Davi Schwengber, Vinícius König e Felipe Souza Welter, todos comandados pelo instrutor e dançarino Jaime Ledesma.
Na parte da tarde, um grande fandango, animado pelo Grupo Tchê Brasil, tomou conta do salão e divertiu o público até o início da noite.
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