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Servidores das ESF’s de Chapadão do Sul recebem treinamento sobre hanseníase

Na segunda feira (16) o Executivo Municipal de Chapadão do Sul. Por meio da Secretaria de Saúde, realizou um treinamento sobre hanseníase aos funcionários de Estratégia Saúde da Família.

Esteve presente em Chapadão do Sul o médico Dr. Márcio Gaggini, infectologista de Fernandópolis (SP), ministrando curso aos profissionais atuantes nas equipes de Estratégia Saúde da Família, além de fisioterapeutas da rede pública de atendimento municipal.

Dr. Márcio atua há muitos anos no atendimento de referência de pacientes com Hanseníase e hoje presta serviço no município de Fernandópolis, mas já trabalhou para o Governo do Estado, realizando ações e orientações aos municípios quanto a casos de Hanseníase, além de visitas técnicas nos municípios do estado.

A enfermeira Bruna Prachum ressalta a qualidade do conteúdo ensinado na palestra. “Dr. Márcio tem uma bagagem muito extensa, além de muita didática. Conseguimos entender bem o conteúdo ministrado por ele”, disse Bruna, que atua junto à vigilância epidemiológica municipal.

Além de Hanseníase, o médico falou sobre a prevenção de acidentes com material perfuro cortante aos profissionais da saúde e infecções hospitalares.

Foi muito importante o Dr. Márcio estar em nosso município falando aos profissionais de saúde sobre a Hanseníase que é uma doença dita negligenciada no Brasil, pais onde temos um elevado numero de casos, perdendo apenas para a Índia. E ainda assim muitos casos não foram ainda diagnosticados, por isso é muito importante sensibilizar as equipes e os profissionais para que estejam atentos aos possíveis casos que possam vir a atender.

Conheça um pouco sobre a doença.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, caracterizada pelo comprometimento dos nervos periféricos, com perda/alteração de sensibilidade cutânea térmica, dolorosa e/ou tátil e de força muscular, o que pode gerar incapacidades físicas permanentes, principalmente em mãos, pés e olhos.

O diagnóstico precoce continua sendo o elemento individual mais importante na cura da doença, prevenção de deficiências e redução da transmissão e baseia-se em sinais e sintomas clínicos e histórico epidemiológico. A baciloscopia do raspado intradérmico, exame auxiliar no diagnóstico, pode ser positiva ou negativa dependendo da classificação operacional (multibacilar/paucibacilar). O resultado negativo não afasta o diagnóstico de hanseníase.

SINTOMAS

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
  • Área de pele seca e com falta de suor, com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; sensação de formigamento;
  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos;
  • Úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; ressecamento nos olhos.
  • Alguns casos não apresentam lesões de pele, apenas comprometimento de nervos periféricos, ocasionando assim alterações de sensibilidade e força muscular, além de dores na região dos respectivos nervos

TRATAMENTO

Os medicamentos para a hanseníase são chamados de Poliquimioterapia – PQT, que é distribuída gratuitamente nas unidades de saúde. Esses medicamentos curam a doença, interrompem a transmissão e previnem as incapacidades físicas. O esquema terapêutico é o Multibacilar (12 cartelas) para adultos, além de ter esquemas alternativos para crianças. No caso de intolerância a qualquer uma das drogas, é possível fazer a substituição por outros medicamentos.

Em Chapadão do Sul:

Anos / Número de casos tratados
2015         2016         2017         2018         2019         2020         2021

   5               2               2               4               2               2               5

 

Informou: Vigilância Epidemiológica Municipal de Chapadão do Sul MS – banco de dados municipal Sinan Net/ 05/2022

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