Neste mês de setembro, em todo o país, é realizada a campanha Setembro Amarelo, que visa chamar a atenção da população para o tema do suicídio e valorização da vida.
Mas por que falar sobre o suicídio?
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos, o que justifica e respalda a necessidade dessa campanha. É mito a ideia de que falar sobre suicídio aumenta o risco. Muito pelo o contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
Quantas pessoas passam por nós todos os dias? E dessas, quantas precisam de nossa ajuda? Essas pessoas podem ser um de nós, um parente, um amigo, precisando do nosso olhar.
Precisamos estar atentos aos sinais de isolamento, mudanças marcantes de hábitos, descuido com a aparência, perda de interesse por atividades que gostava, queda no desempenho no trabalho ou na escola, alteração no sono e no apetite. Identificando-os, peça ajuda!
Sabe-se que cerca de 50 a 60% das pessoas que cometeram suicídio nunca tinham consultado um profissional de saúde mental, muitas vezes por preconceito. É cada vez mais notório que sofrer sozinho e em silêncio não ajuda. Julgar, condenar e banalizar também não.
E como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio?
Podemos ajudar uns aos outros, todos os dias, das mais diversas e simples formas, como ouvindo um desabafo (e estando aberta e livre de julgamentos), respeitando as dores, escutando e acolhendo-os.
Essa ajuda está no simples ato de estender a mãe da forma como dá. Se não souber exatamente o que dizer, apenas escute e lembre à pessoa o quanto a vida dela importa.
Incentivem a fala! Incentivem também a procurar ajuda de profissionais!
É um ciclo permanente de cuidado, boa vontade e empatia, que salva o que há de mais precioso: a vida.
Conhece alguém que está precisando de ajuda profissional?
Oriente a procurar ajuda profissional nas unidades de saúde mais próxima ou o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I do nosso município, situado na Rua Cassilândia, 880 – Bairro Espatódia.
O CVV – Centro de Valorização da Vida também é um serviço que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntário e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo pelo telefone 188.
Toda vida importa!