Agronegócio

Soja aguarda novo relatório de estoques do USDA e opera com estabilidade na CBOT nesta 4ª

O mercado internacional da soja, nesta quarta-feira (30), caminha de lado na Bolsa de Chicago aguardando pelos novos números do USDA. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos traz hoje seu novo relatório de estoques trimestrais fazendo referência à posição de 1º de setembro no país e as expectativas, como sempre, são elevadas e trazem ansiedade, levando os traders a buscarem estar bem posicionados antes da chegada dessas informações.

Assim, por volta das 7h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa trabalhavam com pequenas altas de 0,50 a 1,75 ponto, e o contrato novembro/15, referência para a safra americana, vinha cotado a US$ 8,86 por bushel. Já o maio/16, que é indicativo para a safra do Brasil, era negociado a US$ 8,93/bu.

Segundo Camilo Motter, analista e economista da Granoeste Corretora de Cereais, esse é um relatório importante, uma vez que trata dos estoques finais de uma tmpo “Esses números devem vir com algum ajuste negativo, e a safra passada também pode vir com ajuste, teremos que observar se vai haver essa modificação”, diz. “Esse ainda será o maior estoque de virada de safra, mas bem menor do que o inicialmente estimado pelo USDA em cerca de 12 milhões de toneladas. Então, é positivo neste período na ótica comparativa, pois reflete um consumo bastante expressivo ao longo do ano”, completa.

As estimativas da agência internacional de notícias DTN Progressive Farmer variam entre 4,49 milhões e 6,12 milhões de toneladas, com média de 5,55 milhões. Em 1º de setembro de 2014, os estoques trimestrais reportados  vieram em 2,5 milhões de toneladas. Já em junho deste ano, quando foi divulgado o reporte para a posição de 1º de junho, o volume era de 17,01 milhões de toneladas.

Paralelamente, o mercado ainda trabalha com seus fundamentos, entre eles, o bom avanço da colheita nos EUA bem como a satisfatória maturação das plantas nessa conclusão da safra 2015/16 e, ao mesmo tempo, a demanda voltando os olhos novamente à soja norte-americana, segundo explicam analistas.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

O mercado internacional da soja fechou a sessão desta terça-feira (29) em alta. As cotações terminaram o dia com ganhos de 4,75 a 7,50 pontos nos principais vencimentos, com o novembro/15 cotado a US$ 8,84 e o maio/16 valendo US$ 8,93 por bushel. Os futuros da oleaginosa operaram durante todo o dia em campo positivo neste pregão.

Para alguns analistas, a reação dos preços se deu por conta de um movimento técnico de recuperação dos preços após as fortes baixas da sessão anterior, além da busca dos traders por um bom posicionamento antes da chegada do boletim de estoques trimestrais que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quarta-feira (30).

Os números fazem referência à posição de 1º de setembro e as expectativas trazidas por consultorias e agências de notícias, que sempre causam ansiedade entre os investidores, apontam, em média, um número menor do que o reportado no mesmo período de 2014.

As estimativas da agência internacional de notícias DTN Progressive Farmer variam entre 4,49 milhões e 6,12 milhões de toneladas, com média de 5,55 milhões. Em 1º de setembro de 2014, os estoques trimestrais reportados  vieram em 2,5 milhões de toneladas. Já em junho deste ano, quando foi divulgado o reporte para a posição de 1º de junho, o volume era de 17,01 milhões de toneladas.

“No ano passado, neste mesmo momento, o USDA segurou firme sua projeção para os estoques finais da soja em 3,54 milhões de toneladas ajustando o volume do residual, mensalmente, em seus boletins. Quando esse mecanismo já não era mais uma opção, o departamentou reduziu suas contas para 2,5 milhões de toneladas. É possível que vejamos algo similar neste ano, mas não na mesma intensidade”, diz Darin Newson, analista sênior da DTN.

Além disso, ainda segundo Camilo Motter, analista e economista da Granoeste Corretora de Cereais, esse é um relatório importante, uma vez que trata dos estoques finais de uma tmpo “Esses números devem vir com algum ajuste negativo, e a safra passada também pode vir com ajuste, teremos que observar se vai haver essa modificação”, diz. “Esse ainda será o maior estoque de virada de safra, mas bem menor do que o inicialmente estimado pelo USDA em cerca de 12 milhões de toneladas. Então, é positivo neste período na ótica comparativa, pois reflete um consumo bastante expressivo ao longo do ano”, completa.

Além disso, Motter explica também que a melhora na demanda pela soja norte-americana é outra condição de suporte para os preços da oleaginosa. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciaram novas vendas para a China – com volumes comprados da safra 2016/17 – e destinos desconhecidos.

E, ao mesmo tempo, os produtores norte-americanos seguem retraídos em suas vendas, reduzindo a pressão da oferta – que se intensifica com a evolução da colheita nos Estados Unidos, já concluída em 21% da área do país – como explicou o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. Ainda assim, o fator segue como um limitador para o avanço da commodity na CBOT.

“Hoje foi um bom dia, e acredito que esteja muito mais ligado a uma falta de oferta. Não há muita pressão de venda por parte dos produtores neste momento. Além disso, acredito que a ação dos preços globais tem sido boa. Ambos, soja e milho, sustentam algum suporte nos gráficos, e me parece ser uma compra especulativa”, diz Scoville.

Mercado Interno

No Brasil, o dia foi de negócios com um pouco mais de ritmo, ainda segundo relatou Camilo Motter. Os produtores brasileiros aproveitaram a combinação de um dólar mais elevado até o início da tarde desta terça-feira e mais os ganhos observados na Bolsa de Chicago para garantir bons momentos de venda.

No entanto, depois de cerca de 14h, a moeda norte-americana voltou a recuar e os preços nos portos perderam ligeiramente a força. A divisa terminou o dia com queda de 1,23% e valendo R$ 4,0591, depois de, na máxima do dia, bater em R$ 4,1551 e, na mínima, em R$ 4,0123.

Assim, em Paranaguá, a soja disponível fechou o dia com R$ 85,50, perdendo 0,58% e, em Rio Grande, subiu 0,23% para R$ 87,20 por saca. Já o produto da nova safra manteve os R$ 84,00 no terminal paranaense, enquanto perdeu 0,58% no gaúcho, fechando o dia com R$ 85,50 por saca. Por outro lado, no interior do país, os preços chegaram a subir mais de 3% em algumas praças de comercialização, com Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, ambas em MT.

Fonte: Notícias Agrícolas

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