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Soja: Com mercado volátil, preços têm leve alta na manhã desta quarta

imagesAinda volátil e depois de um fechamento negativo na sessão anterior, o mercado internacional da soja opera com ligeiros ganhos na manhã desta quarta-feira (17) na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais contratos tinham alta de pouco mais de 3 pontos, com o novembro/14 valendo US$ 9,84 e o março/15 cotado a US$ 10,00 por bushel.

Analistas acreditam que os próximos dias devem ser de movimentações pouco expressivas para a oleaginosa na CBOT, uma vez que os números sobre a nova grande safra dos Estados Unidos já são conhecidos e foram precificados e o impacto de um aumento da demanda deve chegar de forma um pouco mais lenta sobre as cotações.

Além disso, as especulações sobre o clima no Meio-Oeste americano devem acentuar a volatilidade que vem sendo observada pelos investidores, principalmente sobre a onda de frio registrada no Corn Belt e as ocorrências de geadas em importantes estados produtores.

Paralelamente, o mercado começa a dar atenção também ao início da nova safra do Brasil, que começa a ser plantada nos próximos dias. E em algumas regiões as condições climáticas não se mostram muito adequadas por conta de, entre outros fatores, falta de chuvas em volumes adequados.

Nesta terça-feira (16), a soja fechou a sessão regular em campo negativo na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa negociados no mercado internacional tiveram uma sessão de forte volatilidade e terminaram o dia com altas que variavam entre 7,25 e 8,75 pontos nos principais vencimentos. O novembro/14, referência para a safra norte-americana, fechou o pregão valendo US$ 9,80 por bushel.

As cotações continuam a ser pressionadas pelas grandes perspectivas de uma safra recorde nos Estados Unidos na temporada 2014/15. Dados trazidos nesta terça-feira sobre a área de plantio da soja no país trouxeram ainda mais peso sobre os negócios.

Os números trazidos pelo Farm Service Agency (FSA) – órgão do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para os dados sobre área no país – ficaram abaixo do esperado pelo mercado, indicando uma área plantada ainda bastante grande.

A última estimativa do USDA para a área plantada nesta safra foi de 34,32 milhões de hectares em seu último boletim de oferta e demanda divulgado no último dia 11. Desse total, 96,2% trabalha com seguro, ou seja, 33,04 milhões de hectares.

Assim, segundo os últimos números do FSA, os produtores solicitaram o seguro para 340,39 mil hectares por não os terem cultivado, o que reduziu a área plantada com seguro, portanto, para 32,7 milhões de hectares. A expectativa do mercado para essa área não plantada, porém, era de 400 mil hectares.

Clima nos EUA

Por outro lado, as especulações sobre o cenário climático nos Estados Unidos começaram a se acentuar, principalmente sobre o tempo mais frio e as possibilidades de geadas.

“Agora é preciso observar as previsões do tempo. Até o momento, as indicações são de que o clima continuará contribuindo grandemente para a maturação da soja, embora o tempo mais frio tenha atrasado um pouco o desenvolvimento das plantas”, disse o jornalista e analista de mercado Bob Burgdorfer, do site norte-americano Farm Futures.

O último mapa de ocorrência de geadas mostra que nove regiões do Meio-Oeste dos EUA foram atingidas a temperatura de 0º ou abaixo disso nos estados de Kansas, Nebraska, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Minnesota, Iowa, Illinois, Wisconsin e Michigan.

As informações sobre os resultados dessas primeiras geadas, entretanto, ainda são divergentes nas opiniões vindas dos Estados Unidos. Para uns, grande preocupação e para outros, nem tanto. O presidente de uma consultoria em Omaha, Nebraska, afirma que “houve algum dano e os produtores poderão ter grãos menores de soja e alguns com menor percentual de óleo”.

Por outro lado, o Commodity Weather Group, importante instituto meteorológico dos EUA, informou em nota que “embora algumas geadas leves tenham atingido o noroeste do Meio-Oeste, o frio foi bem menos intenso do que o que vinha sendo indicado na semana passada. Dessa forma, as possíveis perdas para a soja e para o milho continuam sendo mínimas, em toda a região, por enquanto”.

Um produtor de Minnesota disse ao site norte-americano AGWeb que a geada do dia 12 de setembro no estado foi forte o bastante para prejudicar produtividade em algo entre 5,67 a 11,35 sacas por hectare. “A soja que foi plantada mais tarde, em pontos de maior umidade terão sorte se produzirem de 11 a 16 sacas por hectare”.

Os negócios terminaram, no entanto, com mapas climáticos apontando para mais duas semanas de clima favorável para o desenvolvimento das lavouras no Corn Belt, segundo explicou o analista de mercado João Schaffer, da Agrinvest.

Fonte: Notícias Agrícolas

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