Soja inicia semana dando continuidade às baixas em Chicago
A semana começa com novas baixas para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. Na sessão eletrônica desta segunda-feira (29), por volta das 7h30 (horário de Brasília), os preços dos principais vencimentos perdiam de 1,50 a 2 pontos, com o contrato novembro/14 cotado a US$ 9,08 por bushel.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz dois novos boletins e os números são esperados pelo mercado. O primeiro dele é o de embarques semanais, que será divulgado por volta de meio-dia, e o outro é o novo relatório de acompanhamento de safras, o qual trará, entre outros dados, a evolução da colheita até o último domingo (28). As expectativas do mercado são de que o índice de área colhida esteja entre 9 e 11%.
Além disso, primeiras notícias de que a China teria cancelado a aprovação de importações de uma determinada variedade transgênica também estaria pressionando o mercado, segundo informações de agências internacionais de notícias. Essas informações estão sendo apurados e logo estarão detalhadas no Notícias Agrícolas.
No Brasil – Plantio e comercialização
No Brasil, com o término do vazio do vazio sanitário em alguns estados e a chegada de boas chuvas em importantes regiões produtoras, o plantio da nova safra de soja teve início e traz boas expectativas para os produtores rurais. Segundo os últimos números do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), 1,7% da área de Mato Grosso já está semeada e, no Paraná, de acordo com informações do Deral (Departamento de Economia Rural), esse número chega a 7%.
Ao mesmo tempo, porém, a comercialização não avança no mesmo ritmo e, segundo analistas, deve seguir travada à medida em que os produtores brasileiros apostam em melhores oportunidades de venda mais a frente. De acordo com Ênio Fernades, há 18% da produção brasileira já comprometida e, o volume que já tem preços travados está perto dos 14%. “Depois que o mercado começou a cair, só acontecem negócios pontuais”, disse. “Esse vai ser um dos anos mais difíceis de comercializar, o produtor precisará ser muito preciso, a comercialização deve se estender até o segundo semestre do ano que vem, quando poderão ser registradas oportunidades mais saudáveis de preços”, completa.
Na semana, os preços praticados no mercado interno foram favorecidos pela alta do dólar, que fechou em R$ 2,41 e chegou a bater nos R$ 2,43 e pelos prêmios positivos pagos nos portos brasileiros, que fecharam a 62 cents sobre o valor praticado em Chicago para os vencimentos abril e maio/15 no porto de Paranaguá.
Assim, o preço da soja terminou a semana valendo R$ 56,00 no portos portos, com alta de 1,63% em Paranaguá e leve baixa de 0,88% em Rio Grande. No interior do país, alta de 3,81% para Cascavel/PR, com R$ 54,50; 0,98% em Não-Me-Toque/RS, com R$ 51,50 e 0,96% em Luís Eduardo Magalhães/BA, com R$ 52,50. Já em Tangará da Serra/MT e Jataí/GO, as cotações registram baixas de, respectivamente, 1,85% e 0,50%.
Fonte: Notícias Agrícolas