Soja interrompe sequência de altas na CBOT e fecha 3ª em baixa; gripe aviária nos EUA pressiona
Nesta terça-feira (21), o mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou em campo negativo, recuando pela primeira vez em seis sessões. As baixas entre os principais vencimentos, porém, ainda foram bem limitadas, beirando a estabilidade. As posições mais negociadas encerraram o dia perdendo entre 1,75 e 2,75 pontos, após, ao longo dos negócios, chegar a registrar mais de 8 pontos de queda.
Segundo o analista internacional Bob Burgdorfer, do site norte-americano Farm Futures, um dos principais fatores de pressão sobre as cotações foi o agravamento da epidemia de gripe aviária nos Estados Unidos, o que pressionou, inclusive, o mercado do farelo de soja na CBOT nesta terça. A situação mais grave é no estado de Iowa.
“O alastramento da gripe aviária nos EUA provocaram vendas no mercado da soja e do milho em Chicago nesta terça-feira. A doença está nas manchetes e mais focos podem vir a aparecer”, disse Burgdorfer.
Paralelamente, o bom desenvolvimento da colheita das safras da América do Sul – com a Argentina superando os 30% – também pesaram sobre o mercado, bem como um movimento de realização de lucros observado após sessões consecutivas de alta no mercado da oleaginosa.
Além disso, há ainda a expectativa dos traders sobre o início da nova safra norte-americana e também sobre o comportamento do clima nos país e como ele impactará sobre as lavouras e, principalmente, sobre o caminhar dos preços. “O mercado tenta trabalhar antecipando essas notícias, porém, o impacto efetivo deverá ser registrado mais para frente. Ainda é muito cedo”, explica Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.
Enquanto isso, outras notícias pontuais trazem movimentações limitadas para as cotações, como as notícias sobre os estímulos da economia da China e novidades sobre a demanda internacional.
Feriado no Brasil – No Brasil, o mercado interno ficou praticamente parado diante do feriado do Dia de Tiradentes comemorado nesta terça-feira. Apesar disso, o cenário ainda é, segundo analistas e consultores, de pouca movimentação e baixa liquidez nas principais praças de comercialização, já que os vendedores não mostram, agora, muito interesse em participar do mercado.
Fonte: Notícias Agrícolas