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Soja: Mercado caminha de lado em Chicago nesta 5ª feira e segue na espera pelo USDA

O mercado internacional da soja caminha de lado nesta manhã de quinta-feira (6) na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas, por volta das 7h50 (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 3,25 pontos após encerrar a sessão anterior com ganhos de dois dígitos.

A volatilidade do mercado e essa falta de direção dos negócios, como vêm relatando os analistas e consultores, se dá pelas expectativas para o novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que sai na próxima quarta-feira, 12 de agosto.

Entre todas as projeções, os números indicam uma colheita de soja menor do que o estimado pelo departamento agrícola em seu boletim de julho – 105,73 milhões de toneladas, e o mesmo acontece com a produtividade da oleaginosa, projetada, no mês passado pelo USDA, em 52,17 sacas por hectare.

 Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

A quarta-feira (5) se encerra para o mercado da soja com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago, o dólar próximo dos R$ 3,50 no Brasil e os valores para a oleaginosa praticados nos principais portos do país com altas que passaram de 1%.

E frente a esse cenário, o Cepea traz sua análise mostrando que, com suas vendas adiantadas e a moeda norte-americana valorizadas, o produtor brasileiro voltou a se retrair. Ainda de acordo com um levantamento feito pelo centro, a comercialização da safra 2015/16 está bem mais adiantada do que as operações da temporada anterior nesse mesmo período.

Mercado Internacional

Nesta sessão, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia com ganhos que variaram de 8,50 a 15,75 pontos entre as posições mais negociadas, com o o contrato novembro/15, referência para a safra norte-americana, com US$ 9,53 por bushel. No primeiro contrato – agosto/15 – o dia fechou com US$ 9,91.

Segundo relataram analistas internacionais, o pregão desta quarta foi movimentado pelas diversas expectativas de consultorias privadas para o boletim que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no dia 12 de agosto podendo revisar seus números da safra 2015/16 dos país.

Entre todas as projeções, os números indicam uma colheita de soja menor do que o estimado pelo departamento agrícola em seu boletim de julho – 105,73 milhões de toneladas, e o mesmo acontece com a produtividade da oleaginosa, projetada, no mês passado pelo USDA, em 52,17 sacas por hectare.

As expectativas trazidas até esta quarta para a safra dos EUA trabalham em um largo intervalo de números que variam entre 100,02 a 104,2 milhões de toneladas e, no caso do rendimento, o esperado oscila entre 49,32 a 51,82 sacas por hectare.

“Os futuros dos grãos encontram suporte nas estimativas de safras menores de soja e milho nos EUA do que mostravam os últimos números do USDA”, afirma Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures.

Paralelamente, segundo explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, uma retração vendedora nos Estados Unidos, com produtores aguardando por preços mais atrativos, também foi motivo de estímulo à essa subida da commodity em Chicago. Além disso, uma boa demanda interna por farelo de soja – com margens de esmagamento positivas e a indústria aumentando seus basis (prêmios) na compra do derivado – também contribuíram para que as altas se intensificassem.

Mercado Interno

No Brasil, os preços da soja foram beneficiados pelas boas altas registradas na Bolsa de Chicago e por uma nova valorização do dólar frente ao real; a moeda norte-americana, ao longo do dia, passou dos R$ 3,50. Assim, no porto de Rio Grande, a soja disponível subiu 2,05% para R$ 79,80, enquanto a futura chegou a R$ 79,50 por saca e ganho de 0,63%. Em Paranaguá, o produto disponível se manteve nos R$ 78,00 por saca, enquanto o futuro avançou 1,57% para R$ 77,50.

Ao longo do dia, ainda segundo Araújo, os preços até chegaram a R$ 80,50 em momentos pontuais para pagamentos mais curtos, porém, o dia foi de poucos negócios. “Estima-se que cerca de 25% da safra 2015/16 do Brasil já esteja comercializada, então, o produtor espera uma nova rodada de altas nos preços para realizar novas vendas”, explica.

A demanda interna ainda se mostra aquecida e, como informou o Cepea, essa retração dos vendedores no Brasil pesa na hora em que aquelas indústrias nacionais que ainda não garantiram sua matéria-prima saem às compras. Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras seguem muito aquecidas e, apesar do volume embarcado em julho ter ficado ligeiramente abaixo do registrado no mês anterior, o volume superou em mais de 30% o total de julho de 2014.

Dólar

O dólar, nesta quarta-feira, subiu pelo quinto pregão seguido e, segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, foi mais uma vez impulsionado, entre outros fatores, pela preocupação dos investidores com o turbulento quadro político e econômico do Brasil e de que forma isso poderia pesar ainda mais sobre “a credibilidade do país”.

Além disso, as expectativas sobre a possibilidade de uma alta da taxa de juros nos Estados Unidos também pesou sobre o andamento da divisa, que fechou o dia com R$ 3,4890 e alta de 0,72%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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