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Soja: Mercado em Chicago opera com ligeira baixa nesta manhã de 6ª feira

O mercado da soja, nesta manhã de sexta-feira (13), opera com ligeira baixa na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa perdiam pouco mais de 4 pontos entre os principais vencimentos, por volta das 7h50 (horário de Brasília). Assim, o vencimento maio/15, era negociado a US$ 9,86 por bushel.

Os negócios dão continuidade às baixas registradas na sessão anterior, porém, o mercado segue buscando manter sua estabilidade, já que faltam novidades que possam trazer oscilações mais fortes às cotações.

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Os preços da soja registraram nesta quinta-feira (12) os melhores preços da temporada nos portos brasileiros. Apesar do pregão de estabilidade na

Bolsa de Chicago, o dólar – depois de iniciar os negócios com volatilidade – fechou com alta de quase 1%, voltando a renovar as máximas em quase 11 anos e terminou o dia valendo R$ 3,1615.

Dessa forma, a soja fechou os negócios com R$ 73,50 por saca no porto de Rio Grande – com alta de 1,38% e entrega maio/15 -, com R$ 71,00 em Santos e em Paranaguá, neste último com ganho de 0,71% e entrega em abril/15. O produto disponível no porto gaúcho encerrou o dia valendo R$ 72,00 por saca.

No interior do país, destaque para Jataí/GO, onde o valor subiu 0,69% para voltar para a casa dos R$ 60,00. Em Ubiratã, Londrina e Cascavel, as três praças no Paraná, também terminaram a quinta-feira com boa alta – de 0,84% – e com R$ 60,00 por saca. Em São Gabriel do Oeste/MS, a valorização foi de quase 2%.

A valorização do dólar tem sido a protagonista na formação dos preços aqui no Brasil. Há, ainda, uma elevada apreensão com os impactos dos desdobramentos da Operação Lava-Jato e dos depoimentos da CPI da Petrobras sobre a já fragilizada situação política e institucional do Brasil e também com as incertezas sobre a continuidade da interferência do Banco Central no andamento do câmbio.

“De maneira geral, o dólar está no meio de um processo de mudança de patamar, em uma trajetória de alta firme. Dá para imaginar um alívio pontual, não uma recuperação consistente”, explicou à Reuters o economista-chefe da INVX Global Asset Management, Eduardo Velho.

Com isso, o fato de as expectativas de que o Federal Reserve – o banco central norte-americano – pode começar a elevar os juros terem menos força nesse momento – e que pesaram sobre o dólar frente à outras moedas – não causou muito impacto sobre os negócios com o real e a divisa americana renovou suas máximas em 11 anos.

Além do dólar alto, o produtor brasileiro vê contribuir para os preços da soja os prêmios ainda positivos nos portos. Em Paranaguá, por exemplo, os valores para as principais posições subiram nos últimos dias. Para março, o valor é de 43 cents de dólar sobre o valor praticado em Chicago, 42 cents para abril, 38 para maio e 37 para junho/15. E esse quadro tem trazido importantes e interessantes oportunidades para o produtor avançar em sua comercialização.

“O câmbio está causando uma verdadeira transformação na remuneração do produtor, é o divisor de águas, inclusive para a próxima safra”, diz o consultor de mercado Ênio Fernandes. E essa transformação que fez as vendas brasileiras evoluírem expressivamente nas últimas semanas. “Todos os produtores brasileiros desenvolveram estratégias para se manter nesse mercado e continuar crescendo”, completa.

 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja voltaram a recuar nesta quinta-feira e fecharam o dia com baixas de 2,25 a 3,50 pontos nas posições mais negociadas. O mercado, porém, trabalhava na tentativa de manter certa estabilidade. O contrato referência para a safra brasileira – maio/15 – fechou cotado a US$ 9,90 por bushel.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seus números atualizados das vendas semanais para exportação e os mesmos ficaram bem abaixo dos registrados na semana anterior. Os EUA venderam, na semana que terminou em 5 de março, 167,9 mil toneladas, volume 66% menor do que o registrado na semana anterior.

Apesar disso, o total acumulado já vendido nesta temporada subiu para 47.788,7 milhões de toneladas, contra as 48,72 milhões projetadas pelo departamento para serem exportadas no ano comercial – que só se encerra em 31 de agosto. E em relação ao número dessa mesma época da safra 2013/14 – 44.230,2 milhões de toneladas, o total acumulado é maior. As vendas de farelo e óleo de soja também recuaram na semana.

O mercado aguarda ainda os números da Nopa (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) que serão reportados na próxima segunda-feira, 16 de março, e atualizam as informações sobre o volume processado de soja em fevereiro.  traz um novo boletim mensal com o esmagamento de soja nos EUA em fevereiro.

Em janeiro, o esmagamento da oleaginosa no país ficou em 4,4 milhões de toneladas e, entre setembro 2014 e o primeiro mês de 2015, o total é de 20,3 milhões de toneladas.

Para Ênio Fernandes, a tendência para o mercado em Chicago é de que os preços sigam operando nesse campo neutro, pelo menos até o final de março. Depois disso, o mercado e os investidores devem se voltar para a safra 2015/16 dos Estados Unidos e as primeiras projeções para a temporada nova do país serão reportadas pelo USDA no final de março.

Fonte: Notícias Agrícolas

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