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Soja: Mercado inicia sessão desta 4ª feira em campo negativo em Chicago

Após encerrar o pregão anterior próximo da estabilidade, as cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a quarta-feira (24) em campo negativo. Por volta das 7h17 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,50 e 5,00 pontos. O vencimento novembro/15, referência para a safra americana, era cotado a US$ 9,56 por bushel.

As previsões climáticas para o Meio-Oeste dos Estados Unidos permanece como o principal fator que influencia o andamento dos negócios no mercado internacional. Isso porque, as chuvas recentes ainda comprometem o avanço na semeadura do grão, da safra 2015/16. E, por enquanto, as previsões ainda indicam mais precipitações para o cinturão produtor norte-americano até o final da semana.

De acordo com informações do site internacional de meteorologia, AccuWeather, novas tempestades deverão atingir o Meio-Oeste do país nesta quarta-feira. Alguns estados como Missouri, Nebraska e Dakota do Sul deverão receber chuvas fortes, que serão acompanhadas de ventos, granizo e até mesmo inundações, ao longo do dia.

Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:

Em uma sessão de intensa volatilidade, as cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia em campo misto, próximos da estabilidade. Após testar os dois lados da tabela, as primeiras posições da oleaginosa fecharam o pregão com ligeiras quedas entre 1,50 e 2,00 pontos. Já as posições mais longas exibiram leve alta entre 0,25 e 1,50 pontos. O vencimento novembro/15, referência para a safra americana, era cotado a US$ 9,60 por bushel.

Depois dos fortes ganhos registrados no dia anterior, as cotações trabalharam de maneira bastante técnica hoje, conforme destacam os analistas. Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os investidores aproveitaram para liquidar as posições ao longo da sessão na CBOT em busca de lucros depois dos ganhos de mais de dois dígitos observados no dia anterior.

“As cotações da soja exibiram um movimento de realização de lucros durante o pregão, porém, os ganhos mais fortes registrados no trigo acabaram influenciando as cotações do milho e também da soja, que encerrou o dia próximo da estabilidade. O clima ainda continua pesando no mercado”, disse o analista da Cerealpar, Steve Cachia.

Nesse momento, o foco dos participantes do mercado ainda permanece no comportamento do clima nos Estados Unidos. Segundo dados do site internacional AccuWeather, novas tempestades estão previstas para essa quarta-feira para o Meio-Oeste do país. As chuvas serão acompanhadas de ventos fortes, granizo e há possibilidade de inundações.

As tempestades deverão atingir áreas do norte e leste de Missouri, leste de Nebraska e partes da Dakota do Sul logo pela manhã. Ainda segundo informações do site, as chuvas estão previstas para esticar a partir do leste de Nebraska para o norte e área central de Illinois amanhã à noite. O padrão climático deverá ser mantido até o final dessa semana.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras. No caso da soja, a semeadura permanece atrasada e, até o último domingo (21) chegou a 90% da área projetada para essa safra. A média dos últimos cinco anos e do registrado no mesmo período do ano anterior é de 95%.

Entre os estados com o plantio mais atrasado estão Missouri e Kansas, com 51% e 73% da área semeada, respectivamente. No mesmo período de 2014, o plantio já se aproximava dos 90% em ambos os estados. O percentual de lavouras em boas ou excelentes condições também recuou de 67% para 65%. Entretanto, o índice de plantações em condições ruins ou muito ruins aumentou de 6% para 8%.

“Os produtores norte-americanos têm até o final dessa semana para terminarem o cultivo da soja com o seguro. E as plantas semeadas a partir da próxima semana ficarão mais expostas ao risco de geada mais adiante. Outra situação que devemos observar é o clima entre os meses de julho e agosto. Isso porque, as previsões climáticas indicam temperaturas mais altas, o que poderia ocasionar o abortamento das flores das lavouras de soja”, ressalta Brandalizze.

Conforme dados do site internacional AGWeb, entre os meados dos meses de junho e agosto, boa parte dos cinturão produtor de grão irá ficar com temperaturas acima da média para o período.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a soja disponível encerrou a terça-feira a R$ 71,50 a saca, com ganho de 2,14%. Já o preço futuro, para entrega em março/16, registrou ligeira queda, de 0,69%, com a saca a R$ 72,00. No Porto de Rio Grande, a soja disponível terminou o dia estável a R$ 70,50, e o futuro com ligeira perda de 0,13%, com a saca a R$ 74,20, para entrega em maio/16.

Em meio à leve alta do dólar, que encerrou o dia a R$ 3,08, com ganho de 0,10%, e o movimento de estabilidade no mercado internacional, as cotações não conseguiram avançar. No mercado interno, o dia foi de leve valorização em Não-me-toque (RS), com a saca da soja a R$ 59,50 e ganho de 1,71%. Em Cascavel (PR), os preços também subiram em torno de 0,87%, com a saca do grão a R$ 58,00.

Na contramão desse cenário, em Jataí (GO), o preço caiu 0,73%, com a saca da oleaginosa a R$ 55,50. As informações fazem parte do levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Contudo, é consenso entre os analistas que os momentos de valorização de Chicago e câmbio devem ser encarados pelos produtores brasileiros como oportunidades de comercialização.

Fonte: Notícias Agrícolas

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